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Justiça

Família de paciente em estado vegetativo aponta erro médico e promete ir à Justiça

Paciente foi levado "sem autorização" para clínica particular e família ficou com dívida de R$ 137 mil
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Paciente foi levado "sem autorização" para clínica particular e família ficou com dívida de R$ 137 mil

Paciente foi levado “sem autorização” para clínica particular e família ficou com dívida de R$ 137 mil

A família do paciente Silvio José Ramos Júnior, de 33 anos, que está em estado vegetativo, alega erro médico e promete entrar na Justiça para provar negligência médica e ser indenizada. Segundo os familiares, a vítima teve diversas convulsões durante atendimento médico no CRS (Centro Regional de Saúde) do Tiradentes e foi encaminhada sem autorização para o CTI (Centro de Terapia Intensiva) de uma clínica particular onde ficou internada por 21 dias, gerando uma dívida de R$ 137 mil.

Conforme Renato Gama, de 32 anos, irmão do paciente, os problemas tiveram início no dia 31 de agosto do ano passado, quando Júnior foi internado, por volta das 21h30, no CRS do Tiradentes. “Meu irmão estava bem, chegou à unidade de saúde andando. Na ocasião, ele falou para nossa mãe que estava com ânsia de vômito. Passou pelo médico, recebeu a medicação e teve várias convulsões entre às 21h30 e 5h30 do dia seguinte”, afirmou.

De acordo com as informações, o paciente foi levado para a Clínica , onde ficou por 21 dias. O tempo de internação gerou uma dívida de R$ 137 mil que está sendo cobrada da família. “Não temos esse dinheiro e fomos avisados que seria cobrado, depois de alguns dias. Ele estava no CTI, então não tínhamos o que fazer. Temos um plano de saúde de que não foi aceito.”, lamentou.

O paciente foi transferido depois que a família conseguiu uma liminar, por meio da Defensoria Pública, que determinava a transferência para o Hospital Regional do Mato Grosso do Sul Rosa Pedrossian. Júnior permaneceu internado até o dia 27 de outubro e recebeu alta médica.

Volta para casa mudou a rotina da família

Sem conseguir falar ou se movimentar, Júnior passa os dias em uma maca. Respirando por meio da cirurgia de traqueostomia e se alimentando por sonda, ele necessita do apoio do irmão e da prima Cleusa da Silva, de 53 anos, que trabalhava como cuidadora e que agora usa a experiência profissional para ajudar o primo.

O estado de saúde de Júnior exige alguns cuidados especiais. Os gastos com as fraldas geriátricas e a comida especial geram um custo de aproximadamente R$ 3 mil. Sem condições financeiras, a família conta com a ajuda de doações para suprir as necessidades.  

O presidente da Avem (Associação das Vítimas de Erros Médicos de Mato Grosso do Sul), Valdemar Morais de Souza, afirmou que houve erro médico e que a família vai buscar os direitos na Justiça. “Vamos buscar o prontuário porque houve negligência durante o atendimento no e na transferência dele para a clínica particular”, justificou.

A reportagem do Jornal Midiamax entrou em contato com a Clínica Campo Grande para obter informações a respeito do valor cobrado e sobre o estado de saúde em que o paciente chegou ao hospital; no entanto, foi informada que o responsável por esclarecer o caso estava em horário de almoço e que retornaria mais tarde. Até o momento da publicação da matéria não houve retorno.

A assessoria de comunicação e o chefe da (Secretaria Municipal de Saúde Pública) também foram procurados para esclarecer o caso, no entanto, não atenderam às ligações. Os questionamentos foram encaminhados por e-mail, mas a reportagem também não recebeu resposta.

Doações

Os interessados em ajudar a família podem colaborar com doações de fraldas geriátricas de tamanho G. O jovem também necessita da dieta especial à base de Trophic 1,5. Devido ao Estado de saúde, Júnior também precisa de tratamento especial com fisioterapeuta e fonoaudiólogos. Os interessado em colaborar devem entrar em contato com Renato por meio dos telefones: (67) 3341-4503 ou 9634-2095. 

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