Marketing Multinível segue a vida após do bloqueio das contas na Justiça

A realidade de empresas que continuam no ramo do Marketing Multinível após o bloqueio da Telexfree e investigação de outras 30 empresas do gênero pela Justiça em todo Brasil

É bem provável que daqui a alguns anos 2013 seja lembrado como o ano do Marketing Multinível. Com centenas de milhares de adesões em todo o Brasil, empresas com crescimento instantâneo viram suas atividades serem suspensas ou investigadas por uma medida judicial preventiva, em virtude de suspeitas de crime contra a Economia Popular. O bloqueio atingiu o principal agente desse mercado, mas algumas organizações anteriores a onda de comercialização das cotas pela Internet continuam. Qual o cenário para a venda direta de produtos nesse sistema após a bolha? Como segue as redes investigadas mas não bloqueadas?

A Herbalife, por exemplo, está presente no Brasil desde 1995. Na cadeia produtiva da empresa, igual a outras do gênero que vendem produtos diretamente, o sistema de vendas e inclusão de parceiros tem uma organização diferente do varejo comum. A integração entre indústria e cliente final é otimizada por distribuidores autônomos.

“Negócios de Marketing que envolvem a venda de produtos exigem bem mais do representante, por conta dos treinamentos e exige muito trabalho. Já trabalhei com Herbalife e Monavie, depois migrei para essas empresas de multinível na Internet por conta da facilidade maior em trazer parceiros e pelo retorno. Sempre ouvi essa acusação de pirâmide contra esse ramo. É algo que nunca vai acabar e irrita muita gente porque dá retorno”, comenta o agente de Marketing, Alessandro Erre, com passagens por Herbalife, Monavie e Telexfree.

Algumas características diferenciam o modelo de Marketing Multinível empregado com venda direta de produtos para a modalidade desse ramo que explodiu em 2013. Na modelo em atividade desde o final dos anos 90, é possível ver um consumo significativo das mercadorias por uma clientela que não é integrante da rede. No caso das organizações que cresceram nos últimos 15 meses com a captação de divulgadores pela Internet o bloqueio das contas serviu como barreira para a continuidade dos negócios.

E a Divulgação com atividade na Internet?

Questionável ou não a medida da Justiça em bloquear as atividades de várias empresas de Marketing Multinível congelou o mercado e fez com que muita gente direcionada a essa onda visse seus ganhou ou o retorno ficarem mais distantes. Divulgadores novos e antigos aguardam a posição das autoridades para que solicitem judicialmente um ressarcimento financeiro ou o prossigam com suas redes.

Um fato que chama a atenção diz respeito ao bloqueio das atividades pela Justiça. O apoio a medida cautelar de suspensão é visto com maior freqüência nas pessoas que não tem ligação com essas redes de negócios suspensas. A organização com o maior número de adeptos, reunindo um total superior a R$ 1 milhão de membros, ainda segue com abordagens mesmo sem a permissão para cadastrar novas pessoas. No meio, a visão do ramo continua positiva.

“Não tive prejuízo. Eu procuro acompanhar e por entender um pouco, analiso o momento de entrar em uma empresa e os riscos. Amo Marketing Multinível, porém é como fazer um investimento qualquer. A única diferença nestas empresas atuais é a segurança de um retorno garantido. A Telexfree é a melhor e maior empresa de multinível já vista. Nunca vi algo igual, mesmo agora durante este período de turbulência” afirma a divulgadora de Marketing Multinível, Márcia Costa, que já participou de redes na Polishop, Telexfree e BBom, todas com atividade na Internet.

O bloqueio da Telexfree e BBom abriu oportunidades para a captação de membros em outras empresas do Marketing Multinível na Internet que não vinham com muita evidência no Mercado. Em razão de não estarem sendo investigadas, essas organizações viram com o cenário concorrentes diretos perderem credibilidade e perspectiva.