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Justiça

Após um ano, familiares de jovem morta por erro médico em Bonito ainda buscam justiça

Passeata com faixas, cartazes e camisetas com o rosto da jovem partiu da Praça Central da cidade, na avenida Coronel Pilad Rebuá, e seguiu em direção ao Fórum.
Arquivo -

Passeata com faixas, cartazes e camisetas com o rosto da jovem partiu da Praça Central da cidade, na avenida Coronel Pilad Rebuá, e seguiu em direção ao Fórum.

A morte da jovem Letícia Gottardi, de 19 anos, completou um ano no dia 8 deste mês, mas, até hoje, a médica acusada pela morte, Caroline Franciscati, continua impune. Letícia faleceu após dar entrada no hospital Darci João Bigaton, em , a 300 quilômetros de , e receber da médica uma injeção de dipirona – no prontuário da paciente constava que ela era alérgica ao medicamento.

Para cobrar uma posição da Justiça, familiares e amigos de Letícia organizaram um manifesto ontem (10). Uma passeata que contou com faixas, cartazes e camisetas com o rosto da jovem partiu da Praça Central da cidade, na avenida Coronel Pilad Rebuá, e seguiu em direção ao Fórum.

“É um absurdo que uma médica que matou minha filha, que cometeu um crime, esteja livre, um ano depois do ocorrido”, diz a mãe de Letícia, Ivone Maria Gottardi. “Essas coisas só funcionam assim, na base do grito. Se a gente não fizer barulho, essa médica vai continuar por aí, livre, como uma cidadã comum que não cometeu nenhum crime”, acredita o pai da jovem, Moacir Gottardi.

Inquérito

O inquérito da Polícia Civil do município, concluído no dia 9 de abril do ano passado, atestou que a jovem morreu ao receber a injeção de dipirona. A jovem já tinha dado entrada no hospital de Bonito outras três vezes apresentando os mesmos sintomas, e no terceiro atendimento, a consulta durou menos de um minuto. “Constatamos isso ao verificar as câmeras do circuito interno do hospital, e isso deixa claro que houve negligência e que Caroline assumiu o risco de matar ao não socorrer satisfatoriamente ou ter atenção ao verificar a ficha da paciente”, explica o delegado responsável pelas investigações, Roberto Gurgel.

Conforme Moacir, a passeata surtiu efeito, e ele foi recebido pelo promotoria de Justiça do município.“O promotor me garantiu que, agora, o processo está nas mãos dele. Ele pediu uns cinco dias para estudar o caso e prometeu que a investigação terá andamento”, afirmou o pai da jovem.

O caso

Letícia Gottardi morreu na madrugada do dia 7 de abril deste ano, após passar três vezes por atendimento no hospital de Bonito. Ela chegou ao hospital com fortes dores abdominais e, ao ser atendida pelo primeiro médico, foi anotado na ficha dela que a paciente era alérgica a dipirona.

O doutor Roberto Rocca informou à época que a jovem morreu às 9h15 de domingo (8) e às 9h49 o diretor do Hospital, Wilson Braga, o sogro da jovem e o noivo dela foram para a delegacia registrar o boletim de ocorrência relatando o que aconteceu durante aquela madrugada.

Ele confirmou a versão da família e disse que a junta interventora conferiu a documentação médica de atendimento daquele plantão, que constava a observação de que Letícia tinha alergia à dipirona, feita pelo doutor que atendeu primeiro a jovem.

A mãe de Letícia conta que tinha viajado com o marido e a filha estava na cidade com o noivo. “Ele me contou que procurou atendimento para minha filha três vezes no hospital porque ela estava com dor de barriga. Na primeira, o médico anotou que ela tinha alergia à dipirona e a mandou embora para casa. Da segunda vez, a médica aplicou dipirona na veia dela”.

O noivo relata que o pai dele disse à médica infectologista Caroline Franciscati que a menina tinha alergia ao medicamento e informou que estava anotado na ficha de atendimento. “Ela só respondeu ‘eu sei’ e deu a medicação na veia de Letícia”, disse o rapaz.

Ela voltou para casa com dores quando por volta das 5h de domingo a família percebeu que ela estava com as costas inchadas. Letícia voltou ao hospital com o noivo, onde a médica teria aplicado novamente a dipirona.

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