Pular para o conteúdo
Justiça

Vamos tentar reverter decisão da Justiça sobre Enem, diz Haddad

O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou em entrevista coletiva nesta segunda-feira (8) que o ministério irá tentar reverter a decisão da Justiça Federal do Ceará de suspender, em caráter liminar, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O ministro disse ainda que não trabalha com a hipótese de anular o exame nem de refazer […]
Arquivo -

O ministro da Educação, Fernando Haddad, afirmou em entrevista coletiva nesta segunda-feira (8) que o ministério irá tentar reverter a decisão da Justiça Federal do Ceará de suspender, em caráter liminar, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). O ministro disse ainda que não trabalha com a hipótese de anular o exame nem de refazer as provas aplicadas no sábado (6) para todos os inscritos.

O Enem 2010 foi aplicado neste fim de semana, em todo o país. No sábado, estudantes reclamaram de erros na folha de respostas e na prova amarela. O Ministério da Educação e a gráfica responsável pela impressão admitiram as falhas.

A decisão foi tomada nesta segunda-feira pela juíza federal da 7ª Vara Federal, Karla de Almeida Maia, que aceitou a argumentação de ação civil pública do Ministério Público Federal. A ação afirma que erros no exame causaram prejuízo para os candidatos.

Segundo Haddad, o ministério irá explicar à juíza que o uso da Teoria de Resposta ao Item (TRI) permite a comparabilidade no tempo de provas distintas. “Nós vamos levar à consideração da juíza o que nos parece ser sua maior preocupação, que é o fato de que as pessoas estariam submetidas a provas diferentes quando o exame for reaplicado. Mas o TRI permite que elas sejam submetidas a questões de mesmo peso”, disse o ministro.

Caso a juíza mantenha a decisão, o MEC irá recorrer em instâncias superiores, de acordo com Haddad.

“Estamos absolutamente seguros de que a prova do Enem é tecnicamente sustentável sob todos os pontos de vista, e vamos defender isso até a última instância [caso a decisão da juíza perdure]”, declarou Haddad.

Quanto ao total de estudantes prejudicados, ele não confirmou o número divulgado anteriormente pelo ministério. O ministro afirmou que o MEC recebeu poucos relatos de casos de necessidade de substituição de provas. “Há poucos relatos [de prejudicados na prova] esparsos pelo país e um relato mais concentrado em uma escola em Sergipe. A prova será reaplicada para quem foi prejudicado. A grande vantagem que nós temos é que, como o Enem, desde o ano passado, responde pela Teoria de Resposta ao Item, essas provas são rigorosamente comparáveis e não é necessário anular o exame como um todo”, afirmou.

Sobre a folha de respostas das provas do sábado (6), que foi impressa com os cabeçalhos invertidos, o ministro da Educação afirmou que terá de apurar. “Temos que apurar a cadeia de responsabilidades nesse caso específico”, disse.

No caso das provas amarelas, o ministro da Educação afirmou que a falha do controle de qualidade da gráfica em 21 mil provas, é uma porcentagem muito pequena. “O Inep fez a checagem da matriz da prova, que não tinha problemas. Não tinha como folhear todas as provas”, afirmou.

Haddad afirmou que o problema foi relatado ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda no domingo (7), quando o ministro também pediu autorização para se ausentar da viagem para Moçambique com o presidente por conta do Enem.

O ministro disse que esteve em contato durante o dia com o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, além de representantes da Defensoria Pública da União, da gráfica responsável pela impressão e do consórcio responsável pelo contrato com a gráfica.

Sobre o eventual impacto dos erros de impressão na credibilidade do exame, o ministro afirmou que isso não deve ocorrer, a exemplo, segundo ele, dos problemas do ano anterior.

“Quero crer que, pelo que ocorreu no ano passado, que foi infinitamente mais grave, mesmo assim tivemos um aumento de 10% dos inscritos e dobramos o número de instituições que aceitam a nota do Enem para o ingresso de estudantes. Por isso, acho que a credibilidade não deve ser abalada”, disse.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Mora no Centenário? Prefeitura quer ouvir vizinhos sobre construção de novo condomínio

Síndrome nefrótica: entenda a doença rara que afeta a filha de Junior Lima

Dono de padaria famosa lacrada no Taveirópolis paga fiança de R$ 5 mil e é solto em Campo Grande

aposentadoria inss

Consulte aqui: Justiça Federal libera quase R$ 2,4 bilhões em atrasados no INSS

Notícias mais lidas agora

MS alega na Justiça que chineses receberam incentivos para megaindústria, mas abandonaram área

Defesa promete que Bolsonaro ficará calado e alega desdobramento incontrolável nas redes

superfaturamento

PF cumpre mandado em Campo Grande em operação por desvios de R$ 1,3 milhão do Dsei de MT

Prefeitura de Campo Grande abre crédito suplementar de R$ 400 mil

Últimas Notícias

Polícia

Estudante de medicina acusado de matar corredora atropelada pede mudança para Goiás 

Estudante relatou que precisa cumprir internato obrigatório do curso de medicina

Brasil

PT e partidos da base de Lula saem em defesa do STF contra sanções de Trump

Partidos divulgaram manifesto com indignação às sanções de Trump

Esportes

Classificado, Brasil projeta duelo contra Colômbia pela Copa América

Vaga antecipada às semifinais veio por 4 a 1 sobre Paraguai

Política

Golpistas se passam por Camila Jara e fazem funcionária da Apae transferir R$ 4,1 mil

Funcionária achou que receberia doação do Conab e estava arcando apenas com custos do transporte