Foi marcada para amanhã a cirurgia da aposentada Norma Fainelo Sbardenoto de 74 anos, que precisou recorrer ao Ministério Público Federal para que o Sistema Único de Saúde autorizasse a operação. De acordo com o MPF a intervenção deve ser feita dentro do acordo firmado entre o Hospital Evangélico e a prefeitura de Dourados para atendimentos pelo SUS.
Caso a decisão não seja cumprida, o secretário municipal de saúde e o superintendente do Hospital Evangélico de Dourados poderão ser presos por crime de desobediência. Além disso, a multa diária pelo descumprimento da ordem judicial será de no mínimo 10 mil reais.
Ontem a advogada do hospital, Karina Soligo Fortine, disse que mesmo o HE não sendo credenciado para este tipo de cirurgia pelo SUS, a ordem judicial vai ser cumprida e a paciente será operada. “Somente a Santa Casa de Campo Grande é habilitada para este tipo de procedimento, mas vamos cumprir a determinação”, disse ela.
Norma sofre de hipertensão arterial severa de difícil controle. Exame de cateterismo detectou estenose (entupimento) de até 99% das artérias e caso ela não seja operada até este final de semana corre o risco de perder os rins.
A briga da família na Justiça começou no dia em 21 de setembro quando o Ministério Público Federal foi acionado, após o Sistema Único de Saúde (SUS) de Dourados informar que a paciente teria de aguardar uma fila de espera, sem tempo determinado para ser chamada e que a cirurgia só era feita em Campo Grande.
O custo da angioplastia é estimado em 25 mil reais. Como a paciente não possui recursos financeiros suficientes para custear a cirurgia, o MPF encaminhou ofício à Secretaria Municipal de Saúde solicitando a viabilização do procedimento.
Ontem o Hospital Evangélico informou que Norma será internada hoje é que a cirurgia vai acontecer amanhã, caso todos os exames pré-operatórios estivem normais.
