A reforma da Câmara de Vereadores de Dourados pode ser suspensa a qualquer momento. O pedido foi solicitado pelo vereador Rogério Yuri (PSDB), presidente da Comissão de Obras do Legislativo municipal, nesta segunda-feira (24).
A decisão foi tomada após uma vistoria no local, na qual foram identificadas diversas irregularidades estruturais e contratuais. Yuri e o vereador Elias Ishy (PT) fiscalizaram os trabalhos na semana passada.
Durante sessão na Câmara, Rogério Yuri, que é arquiteto por formação e tem mais de 700 obras assinadas em Dourados, expôs preocupações sérias em relação à segurança da obra e à falta de documentação essencial.
Segundo ele, o responsável pela execução da obra admitiu que tomou decisões por conta própria, sem aprovação do arquiteto do projeto ou da Prefeitura Municipal.
“Muito me preocupou a fala do responsável da obra, quando ele disse que teve que tomar algumas decisões por achar que a maneira que estava sendo executada estava errada. Ele tomou a iniciativa de modificar a estrutura, retirando e inserindo pilares sem autorização formal”, relatou Yuri.
A fiscalização também apontou alterações estruturais no prédio sem a devida aprovação do CREA (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) ou do CAU (Conselho de Arquitetura e Urbanismo).
“A ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) da empresa responsável pela obra não existe. Como uma obra desse porte está sendo conduzida sem a devida documentação? Cadê o projeto atualizado, aprovado pelos órgãos competentes?”, questionou o vereador.
Outro ponto de preocupação levantado é a segurança dos trabalhadores e servidores que frequentam o prédio. “Se essa estrutura vier a desabar, quem será o responsável? Somos nós, vereadores, que falhamos na fiscalização. Já vimos tragédias em nossa cidade, como o desabamento de lajes que resultaram em mortes. Precisamos evitar que isso aconteça aqui”, alertou Yuri.
Diante das irregularidades encontradas, Yuri encaminhou um documento oficial à presidente da Câmara, vereadora Liandra Brambilla, recomendando a suspensão imediata da obra. O documento cita a necessidade de assegurar a regularidade da aplicação de recursos públicos e a segurança estrutural do edifício, conforme previsto no artigo 147 da Lei 14.133 de 2021.
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