Jaime Verruck, secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), aguarda reação do Governo Lula para garantir apoio aos segmentos impactados pelo ‘tarifaço‘ do presidente Donald Trump. Em Mato Grosso do Sul, o titular da pasta projeta os maiores efeitos à carne e ao café.
“Não temos previsão de uma ação para o tarifaço. Vamos ver o que o Governo Federal vai fazer. O maior problema acho mesmo que a carne, o café, pois a celulose resolveu. O que eles precisam é de linha de crédito, mas estamos aguardando ver o governo federal vai fazer”, afirmou ao Midiamax nesta manhã durante lançamento de uma série de obras em alusão ao aniversário de Campo Grande, em edição especial do Café Estratégico, no Parktec CG.
As tarifas do presidente norte-americano foram confirmadas na semana passada e entram em vigor a partir do dia 6 de agosto. Elas implicam dezenas de países, contudo o Brasil foi o mais afetado com taxas de 50% nas exportações dos produtos que entram no país.
Antes de vigorar o tarifaço, indústrias de carne de Mato Grosso do Sul já haviam suspendido o envio do produto para os americanos. Contudo, autoridades explicam que a contenção não deveria impactar os preços internos ao consumidor brasileiro uma vez que a carne comprada pelos estadunidenses se destina à fabricação de hamburgueres.
Uma comitiva de senadores brasileiros liderada pelos sul-mato-grossenses Nelsinho Trad (PSD), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado Federal, e Tereza Cristina (PP), vice-presidente da CRE, passaram uma semana nos Estados Unidos articulando com empresários, entidades representativas e congressistas opositores e aliados de Donald Trump medidas de contenção do tarifaço.
Para a comissão, o efeito dos encontros se materializou na extensão do prazo que estava previsto para vigorar a partir do dia 1°, que passou ao dia 6 de agosto, e a retirada de mais de 690 itens da lista de taxação do presidente americano.
A lista incluiu a celulose, ferro-gusa, peças industriais aeronáuticas e suco de laranja, itens que vinham preocupando a indústria brasileira, em especial Mato Grosso do Sul.
“Posso dizer que o ‘não’ nós já tínhamos. Corremos atrás do sim e conseguimos parcialmente. A maior vitória é abrir canal de diálogo”, exaltou.
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