O pastor e vereador de Campo Grande Neto Santos (Republicanos) protocolou um projeto na Casa de Leis para tornar a cultura evangélica como patrimônio imaterial e cultural da Capital.
Conforme a justificativa do Projeto de Lei 11.733/25, a proposta visar reconhecer a “relevância de suas manifestações históricas, culturais e sociais no contexto local”. Caso aprovado, a proteção Patrimônio Cultural Evangélico irá abranger quatro aspectos:
- As formas de expressão e manifestações culturais relacionadas à fé evangélica;
- Os modos de criar, fazer e viver característicos da comunidade evangélica;
- As produções artísticas, musicais e literárias que guardem relação com a cultura evangélica;
- Os bens de natureza material que se constituam em símbolos e referências históricas para a comunidade evangélica local.
Neto Santos é pastor na Igreja Universal e já apresentou outros projetos que tratam da religião evangélica. Em entrevista ao Midiamax, o vereador afirmou que a Capital tem uma grande comunidade cristã e que não existe um Calendário Cultural de Eventos do Município que inclua este grupo, com exceção da Marcha para Jesus.
“Hoje, quando fala em cultura em Campo Grande, não tem algo que seja para esse tipo de público, o público cristão. Então agregando o calendário, vai agregar que a gente possa trazer mais diversão para esse público, mais opções e, até mesmo, o turismo daqui da região, por que não? Bandas, pessoas de outros municípios virem e participarem aqui também e vê que Campo Grande pensa com esse público”, explicou.
Bancada Evangélica ganha protagonismo na Casa de Leis
A bancada evangélica ganhou protagonismo na Câmara de Vereadores de Campo Grande, neste ano, com pastores em cargos de destaque. De presidência da Mesa Diretora à comissão mais importante da Casa de Leis, os evangélicos têm ocupado mais espaços no legislativo na Capital.
O mesmo movimento acontece no Congresso Nacional. Na Câmara dos Deputados, quase metade (219 dos 513 dos deputados federais) compõem a bancada evangélica. No Senado, a proporção vai para quase um terço da Casa, sendo 26 dos 81 senadores no grupo.
Em Campo Grande, a presidência da Mesa Diretora é ocupada pelo vereador e pastor da Igreja El Shaddai Comunidade Cristã, Epaminondas Vicente Silva Neto, conhecido como Papy (PSDB).
Já a liderança da Comissão Permanente de Legislação, Justiça e Redação Final ficou a cargo do pastor da Igreja Evangélica Comunidade Global, vereador Clodoilson Pires (PODE). A CCJ é a mais importante e cobiçada comissão da Casa de Leis porque é nela em que é decidido quais projetos serão colocados – ou não – em votação.
Já o novato Neto Santos é pastor na Igreja Universal. Na biografia na Câmara de Vereadores, o político se apresenta como “Cristão e conservador” e “comprometido com os valores da fé, família e comunidade”. Nas comissões permanentes da Casa, participa apenas como membro da Comissão Permanente de Saúde.
A primeira matéria colocada em pauta do parlamentar foi o Projeto de Lei 11.561/25, que cria o Dia Municipal da Igreja Universal do Reino de Deus – IURD. A data será comemorada em 9 de julho como homenagem “por todo o trabalho espiritual e social” prestados.
O outro vereador do Republicanos, Herculano Borges, é pastor auxiliar da Igreja FIT (Fé Invadindo a Terra). O parlamentar atua como líder de célula e é responsável pela Rede Crianças. Na Casa de Leis, ficou como presidente da Comissão Permanente de Proteção dos Direitos da Criança e do Adolescente e como membro das comissões de Educação e Desporto; Indústria, Comércio e Turismo e Transporte e Trânsito.
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