Campo-grandenses reagiram à fala do fiscal aposentado Luis Carlos Alencar, ouvido na segunda-feira (12), na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) do Consórcio Guaicurus, sobre a limpeza dos ônibus em Campo Grande.
Comentários nas redes sociais do Jornal Midiamax corroboraram com a fala de Luis Carlos, que afirmou que não há manutenção no transporte coletivo e que a última higienização aconteceu há três meses.
“Só jogam água. Quando os bancos estão molhados, você passa uma toalhinha e Deus me livre de sujeira de que sai. É horrível”, comenta uma internauta. “Não sabia que eram limpos. Volta e meia tem vômito no chão”, relatou outra.
“Tem que andar com uma toalhinha ou pano pra limpar o assento. Isso quanto dá para sentar. Até a mão fica suja quando segura no ônibus”, relata uma usuária do transporte coletivo.

Limpeza dos ônibus x doenças
Uma centena de comentários refletem a realidade vivida pela ponta final no serviço de transporte coletivo da Capital. Os campo-grandenses também lembraram do surto de doenças respiratórias que Campo Grande vive, com lotação em UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) e hospitais.
Nesse contexto, a higienização dos ônibus seria essencial para tentar frear o avanço das doenças. Entretanto, segundo o fiscal, não é possível fiscalizar a manutenção em todos os ônibus de Campo Grande.
“Olha, a gente fiscaliza, mas a gente não consegue pegar os 460 não”, respondeu para a vereadora Luiza Ribeiro (PT), quando questionado sobre a limpeza dos coletivos.
Assim, o fiscal aposentado da Agetran (Agência Municipal de Transporte e Trânsito) disse que a última higienização completa aconteceu há cerca de três meses. “Às vezes a gente faz, acho que, não lembro se foi em janeiro ou fevereiro, fez uma higienização na garagem à noite. Mas acho que foi feita uma questão de limpeza”, afirmou.

Frota velha, custo caro
O fiscal destacou que a frota velha do Consórcio Guaicurus acaba encarecendo a manutenção. Além disso, afirmou que aumenta os problemas.
“Olha, é impossível, o ar-condicionado nós temos em 17 veículos. Agora, chegando a denúncia, você consegue pegar pela câmera de imagens do próprio veículo”, disse para os vereadores.
Então, destacou que não atendem a frota toda em fiscalização. “A gente não consegue atender tudo isso. Essa frota que envelheceu, os problemas aumentam, a manutenção é muito mais cara, a manutenção preventiva acaba sendo reduzida. A quebra de um veículo de 12 anos vai ocorrer, mesmo que faça manutenção”, explicou.
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