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Política

UFMS vira alvo de ação da DPU após deixar mais de 2,2 mil universitários sem refeição

Cinco meses após interdição do restaurante universitário, UFMS ainda não apresentou plano de retomada e deixou mais de 2 mil alunos sem auxílio-alimentação
Thalya Godoy -
Campus de Três Lagoas da UFMS
R.U. do Campus de Três Lagoas da UFMS está fechado há 5 meses. (Divulgação)

A ( Federal de ) se tornou alvo de ação civil pública da DPU (Defensoria Pública da União), depois que 2,5 mil estudantes ficaram sem refeição após o fechamento do restaurante universitário em . O R.U. no município, a 326 km de , foi interditado, em 24 de fevereiro deste ano, após ação da Polícia Federal com apoio do MPF (Ministério Público Federal), por suspeita de fraude. 

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As investigações apontaram possíveis irregularidades no cumprimento do contrato de prestação de serviço, inclusive indícios de fraudes no registro de refeições fornecidas e desvio de recursos públicos. A UFMS rompeu o contrato com a empresa após identificar as irregularidades.

A DPU alega que a interdição do restaurante universitário foi realizada sem planejamento ou de aviso aos estudantes, que dependiam do lugar para fazer as refeições. Cinco meses após o fechamento, a instituição federal ainda não teria apresentado um planejamento para a retomada das atividades.

A ação ainda critica a universidade pela quantidade baixa de auxílios-alimentação emergenciais concedidos, punição aplicada a alunos que protestaram de forma pacífica pela falta de planejamento da UFMS com o fechamento do R.U. e a omissão de cronograma para a retomada do funcionamento do local.

O benefício concedido pela UFMS após o fechamento do R.U. seria insuficiente para atender a todos os alunos em situação de vulnerabilidade social e evitar a evasão dos estudantes, já que o valor da refeição na região giraria em cerca de R$ 30 a R$ 35.

O benefício de R$ 300 foi concedido somente a 15% dos 2.687 alunos matriculados no campus, enquanto 41% dos discentes são oriundos de políticas de ações afirmativas. Assim, apenas 403 são contemplados pelo recurso, deixando mais de 2,2 mil desassistidos.

“A postura da UFMS, em vez de privilegiar o diálogo institucional e a escuta de qualidade da comunidade universitária, optou por reforçar a via do conflito, tratando a demanda por alimentação como questão de segurança patrimonial”, afirma o DRDH-MS (Defensor Regional de Direitos Humanos em Mato Grosso do Sul) e autor da ação civil pública, Eraldo Silva Júnior.

Aumento do benefício para R$ 660

A Defensoria Pública da União pediu à Justiça Federal que a universidade contemple todos os discentes em vulnerabilidade social no prazo de 10 dias e que aumente o valor do auxílio-alimentação emergencial para R$ 660 mensais ou valor equivalente aos custos de alimentação da região.

A ação também pede contratação emergencial de empresa para refeições gratuitas provisórias que contemple, ao menos, os grupos estudantis mais vulneráveis.

A DPU procurou a UFMS, mas não recebeu cronograma para a retomada do restaurante ou negociação com os estudantes. A universidade entrou com ação contra os centros acadêmicos e coletivos estudantis que protestaram contra a inércia da universidade em apresentar soluções para os problemas dos alunos. 

Assim, a ação também pede que os alunos não sejam punidos por protestarem pacificamente, e que seja apresentado um cronograma para a reabertura do R.U., em que constem os prazos.

O pedido é de multa diária de R$ 5 mil em caso de descumprimento pela UFMS. A DPU classifica a ação da instituição como “grave violação do direito à alimentação, à educação permanente e da liberdade de manifestação dos estudantes”.

O Midiamax solicitou uma nota para a UFMS sobre o assunto, mas ainda não obteve retorno. O espaço segue aberto para manifestações.

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