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Política

Suplente do PDT entra na Justiça para ficar com vaga do deputado Lucas de Lima

Primeira suplente do PDT, Glaucia Antonia Fonseca dos Santos Iunes, alega que radialista praticou infidelidade partidária e quer cadeira na Alems
Thalya Godoy -
Suplente alega infidelidade partidária de Lucas de Lima. (Henrique Arakaki, Jornal Midiamax | TSE)

A primeira suplente a deputada estadual pelo PDT (Partido Democrático Trabalhista), Glaucia Antonia Fonseca Dos Santos Iunes, entrou com processo na Justiça Eleitoral pedindo a perda do mandato do parlamentar Lucas de Lima.

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O deputado estadual enfrentou uma briga judicial para sair do PDT após atritos durante as eleições de 2024. O radialista chegou a se filiar e compor a bancada do PL (Partido Liberal) na Casa de Leis, mas precisou sair da após vitória do PDT na Justiça.

“Eu tive que me desfiliar do PL porque estou respeitando uma ordem judicial. O PDT recorreu da decisão do TRE (Tribunal Regional Eleitoral) de 6 a 1 que me dava o direito de sair do partido por justa causa. Ele [PDT] recorreu ao TSE e uma decisão monocrática foi a favor deles, portanto tive que voltar ao partido. Pedi minha desfiliação [do PL] por esse motivo”, explicou à reportagem na semana passada.

Segundo informações do DivulgaCand, Lucas de Lima gastou R$ 250.024,60 na campanha em 2022 e recebeu 26.575 dos votos válidos. Já Glaucia declarou ter gasto R$ 493.208,00 e recebeu 16.918 votos.

Em 2016, ela ficou como suplente a vereador do PTB em . Já em 2022, concorreu ao cargo de deputada estadual pelo PDT. No ano passado, Glaucia mudou a estratégia e disputou uma cadeira na Câmara de Vereadores de . Acabou como suplente também do PDT.

Suplente alega infidelidade partidária

Já a suplente Glaucia Antonia Iunes – cunhada do ex-prefeito de Corumbá, Marcelo Iunes () – entrou com ação de perda de cargo eletivo por infidelidade partidária contra o deputado estadual na última quinta-feira (19). O TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul) terá 60 dias para analisar o processo.

Glaucia justifica que o radialista trocou de sigla sem justificativa e que ela teria direito a assumir a cadeira na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. A ação ainda traz um pedido de tutela de urgência para ser empossada o quanto antes.  

Em nota encaminhada a imprensa, a assistente social e pedagoga explica que a defesa sustenta o pedido em decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que analisou e julgou improcedente o pedido de Lucas de Lima para reconhecer uma justificativa legal para sua saída do PDT, após ter alegado discriminação política. 

O ministro e relator do processo, Antônio Carlos Ferreira, teria apontado que os conflitos de Lucas de Lima teriam ficado dentro do que é comum na dinâmica partidária e a saída do PDT teria sido uma escolha pessoal, sem respaldo legal. 

Diante disso, a defesa da suplente alega que houve infidelidade partidária comprovada e que o mandato pertenceria ao partido e, consequentemente, à Glaucia.

“Sempre tive uma postura de fidelidade ao meu partido e de comprometimento com a base do governo e do governador Eduardo Riedel, que sempre me deu todo apoio. Desde 2022, sou filiada ao PDT e concorri ao cargo de deputada estadual acreditando no projeto político da legenda. Posteriormente, apesar de não ser minha base, aceitei o desafio de disputar uma vaga na Câmara Municipal de Campo Grande, não apenas para fortalecer o partido, mas para consolidar um trabalho alinhado com os ideais pedetistas em relação as suas demandas locais”, afirmou Glaucia Iunes.

“Nenhum ato de infidelidade partidária foi praticado”

O Midiamax entrou em contato com o deputado estadual Lucas de Lima para perguntar sobre o assunto. Em resposta, o parlamentar informou que foi surpreendido pelo processo e alega que não cometeu infidelidade partidária. Ainda aponta o caso cabe recurso no TSE. Confira nota completa:

“Lucas de Lima, Deputado Estadual de Mato Grosso do Sul, recebe com estranheza a notícia acerca da ação proposta por Glaucia Antonia Fonseca dos Santos Iunes, pretendendo meu mandato em decorrência de suposta infidelidade partidária.

Jamais foi praticado qualquer ato de violação às leis que regem os partidos políticos e as regras internas do PDT, e todos os atos realizados foram decorrentes de decisões judiciais e nelas amparados, e nenhum ato de infidelidade partidária foi praticado durante toda minha história política.

Ainda não temos conhecimento do conteúdo da recente ação ajuizada pela suplente Glaucia, cabendo declarar neste momento que a ação por mim ajuizada contra o PDT ainda é objeto de recurso no TSE, sem trânsito em julgado”, finaliza a nota.

Atritos no PDT, desfiliação e ida ao PL

Lucas de Lima havia formalizado sua filiação do PL no dia 5 de fevereiro, em ato que contou com a presença Coronel David (PL), João Henrique Catan (PL) e Neno Razuk (PL), além do presidente estadual do partido, Aparecido Portela, o Tenente Portela.

Na ocasião, Lucas disse que “sempre foi mais para a direita do que da esquerda” ao comentar sobre a mudança de legenda.

Em 2024, o deputado Lucas de Lima, que ocupava a presidência municipal do PDT, deixou o cargo após ‘filiações controversas’ da sigla em Campo Grande. Posteriormente, o parlamentar anunciou a desfiliação.

Lucas de Lima chegou a anunciar pré-candidatura para prefeitura de Campo Grande concorrendo pelo PDT, mas após alianças e chegada de novos nomes ao partido, como o do vereador eleito Marquinhos Trad (PDT), de Lima anunciou a saída. “Não fui ouvido e nem prestigiado”, chegou a afirmar na época.

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