Em uma sessão marcada por discussões acaloradas nesta quinta-feira (10), o deputado Pedro Kemp (PT) afirmou que a direita brasileira está “colocando uma faca nas costas do Brasil” ao apoiar medidas que, segundo ele, submetem o país aos interesses dos Estados Unidos.
A sessão ficou ainda mais tensa quando o deputado Pedro Pedrossian Neto (PSD) argumentou que as tarifas impostas pelos EUA ferem acordos internacionais em vigor desde 1947, colocando em risco uma parceria historicamente benéfica.
No entanto, Kemp interrompeu seu discurso, levando o Coronel David (PL) a repreendê-lo: “Não fale agora, você não tem a palavra!”.
A resposta de Kemp foi incisiva: “Abaixe o dedo, aqui no plenário você não é coronel!”. O bate-boca paralisou a sessão por minutos, evidenciando a divisão entre governistas e oposicionistas.
Confronto no plenário
Kemp se referia a uma moção de apoio ao presidente Trump, que ontem anunciou taxação de 50% aos produtos exportados brasileiros, e declarou: “Só eu e Gleici votamos contra. Ridículo! Coisa de vira-lata!”. O parlamentar criticou duramente setores que, em sua visão, agem com subserviência.
“Quem tem sentimento de vira-lata acha que deve ficar de joelhos para figuras da extrema-direita, que lambem as botas dos EUA e tratam o Brasil como quintal”, disparou.
A discussão ganhou novos contornos quando Kemp mencionou o ex-presidente americano Donald Trump, que recentemente apareceu ao lado de Elon Musk em um evento com repercussão internacional.
O deputado associou a moção em debate ao futuro político de Jair Bolsonaro, chamando-a de “vergonhosa” e afirmando que “rasgou a moção de apoio”.
“Não podemos mais passar vergonha com isso. Trump acha que é o dono do mundo e que, prejudicando os brasileiros, vai intimidar o STF”, disparou Kemp, acusando o ex-presidente americano de tentar “invadir a soberania nacional”.
Disputa comercial e tensão
O debate também abordou as relações comerciais entre Brasil e EUA, com Kemp rebatendo críticas sobre um possível déficit brasileiro: “Mentira! Como Bolsonaro mentia todos os dias”. Ele destacou que o Brasil teve superávit de US$ 400 bilhões nos últimos anos e acusou os EUA de “arrogância” ao impor tarifas abusivas.
“Graças a Deus temos um presidente que responde à altura e não cede a bravatas ou chantagem”, afirmou, em referência ao atual governo.
Presidente da Casa, o deputado estadual Gerson Claro (PP) disse acreditar que a disputa comercial tem que sair do campo político.
“É uma questão de responsabilidade, não só ideológica, do presidente Lula de tocar essa política, independente do posicionamento ideológico do Trump. Ele é chefe de Estado, ele é o nosso presidente da república e acho, sim, que ele vai ter a capacidade de setar, assim como seta com a China, assim como no Brics, com a Rússia”, argumentou.
Claro destaca que Mato Grosso do Sul exporta principalmente celulose e carne para os EUA. “Nós temos a questão do etanol também. Então acho que, no Brasil, o maior problema é o aço, entendeu? Essa balança comercial, ela vai ser equilibrada e com bom senso, com equilíbrio, nós procuramos solucionais. Não é no campo político, é no campo das relações diplomáticas, que vão mais um mês”, pontua.
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