Pouco mais de seis meses após ser eleito como presidente da Mesa Diretora na Câmara Municipal, o vereador Epaminondas Vicente Silva Neto, o “Papy” (PSDB), já se articula para buscar a reeleição. O movimento acontece faltando tecnicamente um ano e meio para um novo pleito, apesar de movimentações nos bastidores no sentido de antecipar a votação. Inclusive, na pressa da bancada tucana para divulgar a intenção, acabaram confundindo o nome completo de Papy com o do antigo ocupante do cargo, o vereador Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB).
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Em e-mail disparado à imprensa, na tarde desta terça-feira (8), o líder da bancada do PSDB na Casa de Leis, vereador Victor Rocha (PSDB), comunica o apoio do grupo à reeleição de Papy ao cargo, cujas eleições devem ocorrer no fim de 2026 inicialmente. A eleição, por unanimidade, em 1º de janeiro deste ano, garantiu ao tucano mandato de dois anos.
“A bancada do PSDB na Câmara Municipal de Campo Grande declarou, oficialmente, apoio à reeleição do vereador Carlos Augusto Borges, o Papy, à presidência da Casa de Leis. A manifestação reforça a confiança da legenda na condução equilibrada e responsável do atual presidente, que vem promovendo uma gestão pautada pelo diálogo, transparência e compromisso com o desenvolvimento da capital”, afirma parte da mensagem. Posteriormente, foi encaminhada uma errata com a correção do nome completo do tucano.
Ao Midiamax, um parlamentar informou que há a possibilidade de antecipar as eleições, mas ainda não houve comunicado oficial sobre o processo reeleição. “Há uma manifestação nesse sentido. Mas não fomos informados ainda quanto ao Processo de Reeleição, apenas que se cogita essa antecipação”, explicou.
Eleição Mesa Diretora
O regimento interno da Casa de Leis não estabelece uma data exata para a eleição de renovação da Mesa Diretora, mas estabelece como data-limite até 22 de dezembro do último ano do mandato da Mesa. A posse deverá ocorrer em 1º de janeiro do ano subsequente.
O PSDB forma a maior bancada na Câmara Municipal de Campo Grande, composta pelos cinco vereadores Dr. Victor Rocha (líder do partido), Professor Juari, Flávio Cabo Almi, Papy e Silvio Pitu.
O comunicado destaca o “alinhamento de Papy com os princípios da boa governança e seu papel articulador dentro do Legislativo municipal”. O texto ainda elogia o tucano pelo diálogo com todas as bancadas e fortalecimento do “protagonismo do Legislativo”.
Papy começou a articulação visando a Mesa Diretora logo após as eleições em outubro de 2024, reunindo assinaturas da maioria dos colegas. Junior Coringa (MDB) e Beto Avelar (PP) chegaram a tentar emplacar uma chapa, mas não obtiveram apoio.
O Midiamax procurou o vereador Papy e a assessoria do vereador dr. Victor Rocha para pedir uma nota sobre o assunto. Em nota, o médico confirmou a intenção de antecipar as eleições da Mesa Diretora.
“Nós antecipamos as eleições da Mesa Diretora com o objetivo de garantir a estabilidade do Legislativo Municipal. Estamos atuando com uma Mesa que, neste primeiro semestre, demonstrou compromisso, organização e eficiência nos trabalhos. Na avaliação dos vereadores, a atual composição tem realizado um excelente trabalho, o que motivou essa decisão. O projeto de antecipação já foi protocolado em regime de urgência, conta com as assinaturas necessárias e está previsto para ser votado antes do recesso parlamentar”, informou Rocha.
Aumento de gastos
Sob a gestão de Papy, a Câmara de Vereadores aumentou em 13,11% os gastos no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período do ano passado.
O percentual representa um montante de R$ 6,557 milhões aos cofres municipais. Ao todo, a Casa de Leis custou até o momento R$ 56,5 milhões dos cofres municipais em 2025.
O balanço consta no Portal da Transparência e revela que, sob a gestão do atual presidente, o uso do caixa não contou com a austeridade esperada. Os maiores pagamentos efetivados pelo Legislativo da Capital são referentes a salário, encargos e benefícios. Procurados na época, os vereadores se disseram surpresos pelo aumento de gastos neste ano.
Papy culpa salários e verba indenizatória
Ao Midiamax, Papy respondeu que a principal razão para a elevação dos custos da Casa é o aumento do salário dos vereadores e da verba indenizatória. Além disso, o parlamentar enfatizou que o aumento de contratos como aquele que dobrou o repasse ao escritório Bastos, Claro & Dualibi Advogados Associados, alvo de investigação do Ministério Público de MS, seria uma execução de dotação já aprovada pelo gestor anterior.
Epaminondas ainda prometeu aplicar uma série de medidas de economia, como a não renovação de contratos nos próximos meses. Ele lembrou que teria feito exonerações de comissionados no início da gestão.
O parlamentar destacou que o orçamento da Casa é fruto de duodécimo da Prefeitura de Campo Grande, com previsão orçamentária aprovada no ano anterior. Ele assegurou que, apesar de os gastos subirem, deve devolver cerca de R$ 6 milhões a Adriane Lopes (PP) no final deste ano.
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