A deputada federal Camila Jara (PT-MS) classificou a reação de apoiadores do deputado mineiro Nikolas Ferreira (PL), com quem protagonizou empurra-empurra na noite conturbada de ontem, 6 de agosto, na Câmara Federal, como reflexo de suposta rede de ódio.
Em story no Instagram, a parlamentar agradece a preocupação de seguidores após registro de medicação endovenosa para reposição de vitaminas, em função do tratamento de câncer, e destaca agenda que vai discutir o Plano Nacional de Educação em Campo Grande nesta quinta-feira, com a presença da deputada federal Tábata Amaral (PSB-SP).
Ao finalizar o vídeo, ela destaca: “E sobre os outros assuntos, é a rede de ódio deles agindo para intimidar e para tentar travar nossas lutas, mas aqui não”. Camila completa dizendo que “continuará lutando pela transformação do Brasil”.
Ontem à noite, pouco antes de o presidente Hugo Motta (Republicanos) assumir a mesa do plenário da Câmara dos Deputados, Camila Jara publicou live em que mostrava a condução do parlamentar, por deputados governistas, defedendo a ‘retomada da ordem’.
A postagem já atingiu mais de 60,3 mil comentários, a maioria de apoiadores do deputado Nikolas Ferreira criticando a postura da petista sul-mato-grossense.
“Agredindo senhora? É assim que se defende os direitos humanos?”, questiona um usuário. “Faltou equilíbrio emocional e postura! Que papelão hein?!”, comentou outra internauta.
Já quem apoia Camila comentou: “Viva a democracia. Resistência sempre! #piorcongressodahistoriadopaís”. Outra usuária afirmou: “Ainda melhor do que usar recém-nascido”, em referência à deputada Júlia Zanatta, que esteve mobilizada na obstrução das sessões com a filha de quatro meses no colo.
Escolta policial

Após o episódio de empurra-empurra, Camila Jara solicitou escolta policial em Brasília e em Campo Grande.
Vídeo que viralizou nas redes sociais mostra o momento em que a deputada teria, supostamente, agredido o parlamentar mineiro.
Nikolas Ferreira acusa Camila de tê-lo empurrado. Ao colega Rodolfo Nogueira, do PL-MS, o jovem afirmou ter levado ainda um soco na região genital, desferido por Camila Jara.
A parlamentar nega as acusações. Ela afirmou que teria sofrido cotovelada de Nikolas ao tentar se aproximar do presidente Hugo Motta, após ele ter iniciado a sessão, e que, ao ser atingida, apenas revidou com empurrão.
“Eu me posicionei do lado do Hugo e começaram as provocações de baixo, de cima. E começou o empurra-empurra; na hora que tava todo mundo aplaudindo, naquele empurra-empurra, o Nikolas me deu uma cotovelada, e aí eu empurrei ele de volta, e eu acho que ele se desequilibrou na hora que o Hugo levantou com a cadeira. Foi isso que aconteceu”, disse a deputada.
A petista diz que o episódio “foi uma confusão que não deve se repetir na democracia”.
Mais cedo, Camila divulgou nota em que se autodescreve “com 1,60 metro de altura, 49 quilos e em tratamento contra um câncer”, tendo sido injustamente acusada de ter nocauteado o parlamentar com um soco.
Nikolas, contudo, compartilhou stories no Instagram em que chama a deputada petista de ‘jararaca’ e diz que a parlamentar não tem bom histórico, em razão de discussão de Camila com policiais militares em dezembro no ano passado, no centro de Campo Grande.
O líder do PL na Câmara Federal, o deputado Sóstenes Cavalcante, deve acionar a Comissão de Ética contra a deputada petista.
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