Após a concessão bilionária da Rota da Celulose, nesta quinta-feira (8), o governador Eduardo Riedel (PSDB) afirmou que o próximo a ir para a iniciativa privada deve ser o Hospital Regional de Mato Grosso do Sul, em Campo Grande.
Durante coletiva de imprensa nesta tarde, Riedel afirmou que o governo tem estudados concessões para o poder privado. “Nós temos preparado para esse ano, ainda na área social de saúde, o Hospital Regional que nós queremos duplicar a capacidade desse hospital, por um projeto de PPP [Parceria Público-Privada] a ser encaminhado para B3, estudamos outras rodovias; outras possibilidades”, disse.
Diante de problemas de insumos e falta de profissionais, o HRMS está em plano de Ação Emergencial desde setembro de 2024. Porém, recentemente a contingência seu prazo prorrogado por mais um semestre. Com isso, a situação emergencial será válida até setembro de 2025.
A decisão partiu de Eduardo Riedel e publicada no Diário Oficial. Vale lembrar que a ação emergencial visa regularizar os estoques de medicamentos, insumos e demais materiais necessários para garantir o atendimento adequado aos pacientes do hospital.
Assim, com a decisão emergencial, o Hospital fica autorizado a contratação direta de bens e de serviços indispensáveis à manutenção da prestação de serviços de saúde pelo com dispensa de licitação.
Na época, uma Comissão Especial de Trabalho com a responsabilidade de agilizar os procedimentos e os fluxos administrativos necessários para reabastecer os estoques do hospital se instaurou.

Inquérito do Hospital Regional
Em janeiro de 2025, o desabastecimento de medicamentos quimioterápicos no Hospital Regional de Mato Grosso do Sul virou alvo de inquérito civil no MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul).
O Jornal Midiamax chegou a mostrar, em 2024, o drama de pacientes que denunciavam tratamento de câncer ‘pela metade’ por falta de remédios no HRMS. “Até quando as pessoas vão ter que esperar? Esperar morrer?”, alertou uma leitora na época.
Além disso, vistoria técnica realizada pela 32ª e 76ª promotorias de saúde pública, em novembro do ano passado, constataram o desabastecimento de parte do estoque do hospital.
Assim, o relatório 118/2024, assinado em 19 de dezembro, apontou que 56 dos 525 (10,6%) remédios estavam zerados. Já 48 estavam com estoque que poderia terminar em menos de um mês.
O estoque de material hospitalar também estava em déficit, com 101 dos 767 itens (13,16%) zerados e 52 com quantidade para menos de 30 dias, segundo o relatório.
💬 Receba notícias antes de todo mundo
Seja o primeiro a saber de tudo o que acontece nas cidades de Mato Grosso do Sul. São notícias em tempo real com informações detalhadas dos casos policiais, tempo em MS, trânsito, vagas de emprego e concursos, direitos do consumidor. Além disso, você fica por dentro das últimas novidades sobre política, transparência e escândalos.
📢 Participe da nossa comunidade no WhatsApp e acompanhe a cobertura jornalística mais completa e mais rápida de Mato Grosso do Sul.