O secretário estadual de Saúde, Maurício Simões, apresentou aos deputados estaduais nesta terça-feira (1°) o programa de financiamento a 66 hospitais do interior de Mato Grosso do Sul para tentar desafogar a demanda reprimida no Estado.
O plano prevê que as unidades hospitalares que atuam como pequena e média complexidade recebam recursos que podem desencadear melhorias e, assim, desafogar os hospitais de Campo Grande e das macrorregiões.
Conforme Maurício, o orçamento para isso já consta na LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias) e o governo já trabalha com esse recurso desde o ano passado. Em reunião na sala da presidência da Alems (Assembleia Legislativa de MS), os deputados puderam conhecer o programa, que será publicado em Diário Oficial, por meio de resolução.
“Nós estamos partindo do princípio seguinte: fila é demanda reprimida. Se tem uma maneira de se combater a fila, é aumentando a oferta. E aí eu tiro essa repressão sobre a demanda. Então, nesse momento, o que nós queremos é ampliar a oferta de procedimentos em muitos desses hospitais que funcionam, mas que hoje produzem muito pouco. Eu quero ampliar o estímulo para eles produzirem mais”, explica Simões.

Maximizar os recursos
As unidades atendem em cinco linhas: urgência e emergência, materna e infantil, cirurgia-geral, geniturinário e trauma e ortopedia. O secretário afirma que, atualmente, os hospitais recebem investimentos conforme o tamanho da cidade ou população.
Conforme o projeto, recursos devem ter emprego direto seguindo a capacidade de ampliação do atendimento. “Eu tenho uma estrutura, ou seja, há um padrão mínimo para você poder aderir e fazer justo ao incentivo. Nós não queremos que os hospitais saiam fazendo procedimentos sem estarem devidamente habilitados para tal”, pontua.
Desafogar hospitais
A ideia é fortalecer os hospitais do interior para desafogar os exames que acabaram sobrecarregando hospitais de referência, como a Santa Casa de Campo Grande. “Isso aqui vai dar um choque de gestão do negócio, e eu acho que o equilíbrio no interior vai dar um equilibrado [em Campo Grande], vai parar de vir muita gente do interior para cá”, opinou o deputado Paulo Corrêa (PSDB).
“Que 60 municípios não fazem, 34 Santas Casas só, fazendo acima de 100 partos, significa que mais de 50% dos municípios não fazem. Então, essas contas são importantes a serem apresentadas aqui”, disse o presidente da Casa, deputado Gerson Claro (PP), sobre a desigualdade nos atendimentos do interior de MS.
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