Questionado sobre a sanção da Lei Magnitsky contra o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, o Deputado Federal Geraldo Resende (PSDB) diz que ainda prefere acreditar no bom senso e no respeito mútuo entre as nações. A norma prevê uma série de restrições, como proibição de entrar nos Estados Unidos e bloqueio de bens e contas bancárias no país norte-americano.
Moraes é um dos ministros responsáveis pelo processo que julga os atos golpistas do 8 de janeiro de 2023. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é acusado de liderar a trama golpista, que envolvia planos para matar Moraes, o presidente Lula (PT) e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).
Em julho, a relação entre Brasil e Estados Unidos ganhou novos pontos de tensão. O presidente Donald Trump prometeu taxar as exportações brasileiras em 50% a partir de 1º de agosto. Executivo e Legislativo tentaram negociar, mas, nesta quarta-feira (30), Trump assinou o decreto do tarifaço, que passa a valer a partir de 6 de agosto.
Já em 18 de julho, Bolsonaro foi alvo de uma operação da Polícia Federal e passou a usar tornozeleira eletrônica, cumprir toque de recolher, sem acesso às redes sociais e sem contato com o filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que articula nos Estados Unidos medidas contra o Brasil para pressionar uma anistia ao próprio pai.
“A imposição de tarifa de 50% sobre produtos brasileiros é uma medida unilateral, injusta e desproporcional, que atinge diretamente os brasileiros”, disse o deputado.
Geraldo ainda enfatizou que vai se reunir com outros deputados para tentar buscar novas alternativas de destino para os produtos que seriam exportados para os Estados Unidos.
“Reitero a plena confiança na diplomacia de buscar uma solução que reverta este cenário. Como membro do Congresso Nacional, avaliarei com colegas parlamentares, inclusive da nossa bancada federal, os impactos desta medida no agronegócio, na indústria e em outros setores estratégicos da nossa economia, e buscar alternativas de mercados que ampliem as exportações brasileiras para novos destinos comerciais, com países da Ásia, Europa, América Latina e África”, ressaltou.
Tarifaço
Conforme comunicado oficial da Casa Branca, “as ações recentes do governo do Brasil ameaçam a segurança nacional, a política externa e a economia dos Estados Unidos. Membros do Governo do Brasil tomaram medidas que interferem na economia dos Estados Unidos, infringem os direitos de livre expressão de cidadãos dos Estados Unidos, violam os direitos humanos e minam o interesse dos Estados Unidos em proteger seus cidadãos e empresas. Membros do Governo do Brasil também estão perseguindo politicamente um ex-presidente do Brasil, o que está contribuindo para o colapso deliberado do Estado de Direito no Brasil, para a intimidação politicamente motivada naquele país e para abusos de direitos humanos”.
Como exemplo, o decreto assinado por Trump cita o ministro do STF Alexandre de Moraes, alegando que o magistrado teria abusado da autoridade judicial para “atingir oponentes políticos, proteger aliados corruptos e suprimir dissidências”.
Ainda, Trump declara emergência nacional: “Concluo que o escopo e a gravidade das políticas, práticas e ações recentes do Governo do Brasil constituem uma ameaça incomum e extraordinária, que tem sua origem total ou substancialmente fora dos Estados Unidos, à segurança nacional, à política externa e à economia dos Estados Unidos e, por meio deste, declaro emergência nacional com relação a essa ameaça”.
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