A Prefeitura de Três Lagoas decretou luto oficial de um dia pelo feminicídio da jornalista Vanessa Ricarte, conforme o Decreto nº 1096/2025, desta sexta-feira (14). Ela foi morta aos 42 anos, na última quarta-feira (12), com golpes de faca desferidas pelo ex-noivo, Caio Pereira. Ela atuava como servidora pública em Campo Grande, mas era natural do município a 326 km de Campo Grande.
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Em nota, a Prefeitura de Três Lagoas prestou condolências e solidariedade aos familiares e amigos.
O velório iniciou na noite de quinta-feira (13), na Câmara Municipal de Campo Grande. O momento contou com a presença de familiares, amigos e de colegas da imprensa. Já o sepultamento está previsto para a tarde desta sexta-feira, em Três Lagoas.
Pessoas próximas descrevem a jornalista como brilhante, independente e inspiração para muitos.
Vanessa era formada no curso de jornalismo da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) e a última ocupação foi como assessora de imprensa no MPT-MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul). A jornalista também desempenhou a mesma função, por muitos anos, na Emha (Agência Municipal de Habitação de Campo Grande).
Sobre o crime
Vanessa foi brutalmente assassinada por golpes de faca no peito pelo ex-noivo, Caio do Nascimento Pereira, que foi preso pelo crime. Antes de matar a facadas a jornalista, o músico fez ameaças de morte à Vanessa, que procurou a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), para pedir por medidas protetivas.
Na delegacia, Vanessa relatou o horror que vivia com o músico. A jornalista contou que passou a morar com Caio em agosto de 2024, e que ele seria usuário de drogas – cocaína e álcool, sendo que bebia todos os dias, ficando embriagado com frequência. Ainda segundo ela, quando ele ficava embriagado, tornava a convivência deles um terror.
O músico ficava agressivo, andava com o carro em alta velocidade, colocando a jornalista e terceiros em perigo.
Onde conseguir ajuda?
Em Campo Grande, a Casa da Mulher Brasileira está localizada na Rua Brasília, s/n, no Jardim Imá, 24 horas por dia, inclusive aos finais de semana, para que as mulheres vítimas de violência não fiquem sozinhas e tenham o atendimento necessário.
Funcionam na Casa da Mulher Brasileira uma Delegacia Especializada; a Defensoria Pública; o Ministério Público; a Vara Judicial de Medidas Protetivas; atendimento social e psicológico; alojamento; espaço de cuidado das crianças – brinquedoteca; Patrulha Maria da Penha; e Guarda Municipal. É possível ligar para 153.
Existem ainda dois números para contato: 180, que garante o anonimato de quem liga, e o 190. Importante lembrar que a Central de Atendimento à Mulher – 180, é um canal de atendimento telefônico, com foco no acolhimento, na orientação e no encaminhamento para os diversos serviços da rede de enfrentamento à violência contra as mulheres em todo o Brasil, mas não serve para emergências.
As ligações para o número 180 podem ser feitas por telefone móvel ou fixo, particular ou público. O serviço funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana, inclusive durante os finais de semana e feriados, já que a violência contra a mulher é um problema sério no Brasil.
Já no Promuse, o número de telefone para ligações e mensagens via WhatsApp é o (67) 99180-0542.
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