Operação nacional da Polícia Civil contra o crime organizado prendeu o suplente do Podemos, Ronaldo Cardoso — o Ronaldo da Cab — nesta sexta-feira (28). Agora, o partido aguarda a investigação para analisar medidas contra o político que concorreu a cadeira na Câmara de Campo Grande na Eleição de 2024.
A operação acontece em Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Goiás, Rio Grande do Norte e Alagoas. Em MS, o Garras (Delegacia Especializada de Repressão a Roubos a Bancos) presta apoio à operação da Polícia Civil do Distrito Federal.
Contudo, as equipes prenderam Ronaldo da Cab no Rio Grande do Norte. Assim, o diretório do Podemos em MS se posicionou sobre o ocorrido.
Presidente estadual do Podemos, a senadora Soraya Thronicke disse que a legenda “reafirma seu compromisso inegociável com a ética, a transparência e o respeito às instituições”.
Soraya comentou sobre possíveis medidas contra o suplente. “O partido aguarda esclarecimentos oficiais sobre o caso e confia no trabalho da Justiça e das forças de segurança para a apuração rigorosa dos fatos. Se confirmadas irregularidades, eventuais medidas cabíveis serão analisadas nas instâncias partidárias”, explicou.
Ademais, reforçou que “a atuação de qualquer filiado não reflete, necessariamente, os valores do Podemos, que sempre defendeu uma política pautada pela integridade e pelo respeito à sociedade brasileira”.
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Operação
As equipes do Garras cumprem cinco mandados de busca e apreensão nas Moreninhas. As equipes cumprem seis mandados de prisão. No entanto, prenderam todos no Rio Grande do Norte.
Conforme apurado pelo Midiamax, as investigações também indicam a utilização de “familiares do traficante conhecido pelo codinome ‘Especialista’, residente em Mato Grosso do Sul” como testas de ferro.
Então, figurariam “como beneficiários de valores provenientes de traficantes do Distrito Federal e do chamado Núcleo Nordeste”. Além disso, “um desses familiares, identificado como suplente de vereador na cidade de Campo Grande/MS, ficou fora de circulação por aproximadamente dois meses. Sendo seu reaparecimento público registrado apenas em janeiro de 2024”.
Por fim, o trecho da investigação aponta que “a estrutura criminosa integrada por esses indivíduos é informalmente referida por integrantes de outros núcleos como pertencente ao ‘Núcleo SINALOA’, numa alusão à facção criminosa mexicana”.