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Política

Nikolas Ferreira diz que 70% das menções ao agro são negativas e está fazendo ‘trabalho gigantesco’ para fortalecer setor

Além dele, o comentarista político Caio Coppolla e a influenciadora Camila Telles palestraram na 1ª edição do 'Conexões Inspiradoras', que ocorreu na noite desta sexta (16), em Campo Grande
Graziela Rezende -
Evento Conexões Inspiradoras (Graziela Rezende/Jornal Midiamax)

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL) esteve em Campo Grande, na noite dessa sexta-feira (16), como atração principal da 1ª edição do evento “Conexões Inspiradoras”. Horas antes, esteve na Expoagro, feira agropecuária em , na região sul do Estado, e ressaltou o “trabalho gigantesco” que está fazendo, para fortalecer o setor. Além dele, o comentarista político Caio Coppolla e a influenciadora Camila Telles palestraram no evento.

No decorrer da palestra, Nikolas ressaltou que as pessoas estão “indignadas, sedentas por mudança” e, com isso, estão usando a comunicação para poder externar isso. “É preocupante”, disse. Em seu caso, o parlamentar comentou que também usa a internet como forma de expor as suas opiniões, argumentando que “o Lula ajuda demais” (pelas suas falas) e ainda comenta o “fato agora do INSS”.

“Isso é só para vocês entenderem um pouco o que é a internet. Tive 2,5 bilhões de visualizações em 90 dias. E 27% não são meus seguidores, são pessoas que vieram e entenderam qual é o nosso foco. E quando dou este exemplo, o mais importante que precisa ter em mente, é que a verdade é muito importante. E qual é a nossa função, de estar aqui hoje, principalmente deputado. Não é só ter um nome no e falar ali, para dez pessoas, é recuperar o poder eleitoral e isso, ao tamanho do agro, é muito desproporcional”, disse.

‘Falam mal do agro e população fica sem saber a verdade’, diz deputado

Nikolas Ferreira em evento em Campo Grande (Graziela Rezende/Jornal Midiamax)

Conforme Ferreira, em algumas regiões da cidade, principalmente no nordeste, é “derramado” um conceito, quando se fala no agro: “Que você é um explorador, fascista, que invade terra dos indígenas, é uma pessoa do mal. E a população fica sem saber a verdade e isso é feito através da comunicação. Uma pesquisa mostrou que 70% das menções ao agro, nos materiais midiáticos, são de conotação negativa, então, estamos fazendo um trabalho gigantesco para fortalecer o agro, como feiras, diversas ações, enquanto, na base, estão destruindo através da comunicação”, argumentou.

O deputado comenta que nunca fez nenhum curso de imagem e nem quer ser o “guru da internet”, porém, quer ressaltar a importância da comunicação. “A minha palavra é muito clara. A nossa comunicação é muito importante e eu acredito neste país. Eu acredito em cada um de vocês e existe alguém que precisa ouvir algo da tua boca e você não pode se omitir quanto a isso, seja teu filho, teu pai, teu amigo da escola, da faculdade. Graças a Deus eu não fico com a boca calada e falo o que o meu coração manda. Posso errar pelo excesso, nunca pela omissão. E que a sua voz seja a voz do Brasil. Obrigada Brasil e obrigado Campo Grande”, encerrou.

Caio Coppolla ressaltou que ‘desânimo é uma das armas políticas mais poderosas que existe’

(Graziela Rezende/Jornal Midiamax)

Caio Coppolla, segundo a palestrar no evento “Conexões Inspiradoras”, fez um bate-papo com o público e falou sobre serenidade, coragem e sabedoria, virtudes que, segundo ele, são necessárias para aceitar o que não mudar ou, pelo menos, não a curto prazo. Ele falou ainda em investir energia naquilo que realmente importa e não deixar que o desânimo, que é uma das “armas políticas mais poderosas que existe, nos pegue”.

“A primeira coisa que não vai mudar é a nossa Justiça. Ou injustiça. E eu queria propor uma reflexão pra vocês sobre a origem, o que eu chamo de serpente, em relação ao nosso sistema judiciário. É consensual que a nossa suprema corte é a mais poderosa da comunidade.  É a que tem mais atribuições e poder sobre os outros poderes. Agora, de onde vem isso? E é uma visão de mundo que se chama progressismo, estão familiarizados com esse tema?”, explanou.

Coppolla ressaltou ainda o “valor da liberdade”. “Daí quando a gente fala, por exemplo, em liberalismo, o que define liberdade? É possível definir liberdade intuitivamente. Você pode falar, por exemplo, que liberdade é a sua capacidade de agir dentro da lei. Essa definição agora faz sentido. E se você atua fora da lei, você responde por isso, então, você não tem esta autonomia, você não tem essa dependência de atuar fora das regras. Existe as consequências disto, então, liberdade é algo que você pode definir. A igualdade também, porque todos são iguais…E o progresso, alguém consegue definir o que é progresso? Posso garantir que o que é progresso para você, não necessariamente, é progresso para mim. E cada um aqui vai ter uma visão um pouco diferente sobre o que é progresso. Sobre o caminho que a sociedade deveria caminhar”, opinou.

Ainda no raciocínio, o comentarista político diz que, quando se perde a objetividade também seperde a subjetividade. “A gente sai do império das leis e entra no império dos homens. E aí que está o problema. Eu vou citar, entre aspas, o atual presidente do Supremo Tribunal Federal. Ele diz: ‘Às vezes a história anda rápido, às vezes a história anda devagar. A nossa missão é empurrar a história na direção certa. Direção certa para quem? Para ele”, afirmou.

‘Eleição é um concurso de popularidade e isso custa dinheiro’, avalia Coppolla

Coppolla falou ainda sobre financiamento público de campanha, ressaltando que o dinheiro vai para onde os “caciques” querem que vá. “Uma estimativa da folha aponta que, em média, o cara que concorre à reeleição, tem acesso a sete vezes mais público do que um candidato novato. Por que será? Vocês acham que está competindo em uma relação de igualdade, com alguém que tem sete vezes mais verba? Pessoal, eleição é um concurso de popularidade e isso custa dinheiro”, disse.

O palestrante falou ainda sobre emendas parlamentares, que são as fatias do orçamento que cada parlamentar usa pra destinar os seus recursos eleitorais. “Se você é um empresário e você é mal intencionado, quando você é fiscalizado, qual é o jeito mais fácil de você burlar a fiscalização? É você transformar o fiscal em sócio do negócio. E é isso que o parlamento é hoje em dia. Eles são sócios do orçamento. A senhora Gleise Hoffmann estreou fazendo um acordo com o Congresso, de 61 bilhões de reais, em emendas parlamentares”, comentou.

Coppolla falou também sobre a verba de, no mínimo, R$ 45 milhões anuais, que cada deputado e senador possui para destinar para os seus recursos eleitorais. “Como que dá para competir com alguém que tem 200 milhões de reais em mandato pra mandar pra onde ele quiser? E por que eu estou falando tudo isso? Quando a gente vai ver os números de reeleição, quem é que se sente representado pelo Congresso Nacional ou se sente representado pelos partidos políticos? Ainda assim, seis em cada 10 deputados são reeleitos. E não é porque o povo vota mal, é porque não tem alternativa e a engrenagem do sistema está completamente viciada”, disse.

Por fim, Coppolla diz não ser contra a reeleição, mas sim a reeleição contínua, dando, como exemplo, a alternância de poder, com a intenção de oxigenar a vida política e “trocar as ideias”, criticou a política econômica atual, a qual, segundo sua opinião, “despeja dinheiro de forma desorganizada e o resultado é que oito em cada dez famílias estão endividadas. Três em cada dez famílias estão inadimplentes. (5:22) E o que faz o governo? Estimula crédito como, por exemplo, o empréstimo consignado do FGTS…um mal aos menos favorecidos”, argumentou.

Camilia diz que mídia e ativismos ‘jogam contra’ o agro no Brasil

(Graziela Rezende/Jornal Midiamax)

Camila Telles, que é gaúcha e visitou Campo Grande, pela primeira vez, falou sobre a sua trajetória e a importância de seguir o legado da família, principalmente no , ressaltando que a primeira conexão que tem que nos inspirar é a da nossa família. “Devemos honrar”, disse.

No seu discurso, comentou que o agro é protagonista, porém, está perdendo a narrativa. “O Brasil é potência agroambiental, mas isso não é reconhecido por grande parte da população”, ressaltando que a mídia, o ativismo, universidades e algoritmos “jogam contra”.

Amigos disseram que palestrantes são ‘combativos’ e criaram movimento em MS para defender os mesmos ideais

(Graziela Rezende/Jornal Midiamax)

O estudante Lucas Fernandes Chavante, de 19 anos, ressaltou que foi na palestra para ouvir o deputado Nikolas Ferreira. “Eu converso com muita gente que também se inspira nele, desde o momento de gravar um vídeo até a história de vida dele mesmo. Acho o Nikolas uma grande influência em nossa nação, não só no nosso país como fora dele também, e o que me inspira nele, principalmente, é a maneira como ele é combativo e tem uma inteligência muito grande para falar em público”, opinou.

Sobre o Caio e a Camila, o estudante disse que ambos são muito inteligentes e argumentam com clareza. “Eles falam de forma muito didática. O também estudante João Guilherme Bauermeister, de 17 anos, e o acadêmico de direito, Airton de Araújo Neto, de 20 anos, concordam com a opinião do amigo e falam que os palestrantes são dignos de admiração.

“Assim como eles, nós defendemos os ideais da direita e gostamos de transmitir isso para as pessoas. Temos um movimento na universidade, mas, não é afiliado a universidade, é da juventude, que busca levar estes valores para a família tradicional no , além de falar da parte regional, religião e a família como um todo. É o Paradoxo MS, que tem o lema ‘Deus, Ordem e Progresso’. E a gente gosta de externar isso para as pessoas. E são pautas que o Nikolas e o Coppolla também trazem. As pessoas mais velhas já sabem e falta falar para as mais novas”, finalizou Airton.

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