O deputado estadual Coronel David (PL) manifestou desejo de visitar o ex-presidente Jair Bolsonaro, implicado em prisão domiciliar por decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). Contudo, o que impede o parlamentar sul-mato-grossense seria suposto filtro do magistrado em preferir apenas membros do Congresso Nacional.
Ao Jornal Midiamax, David expressou descontentamento com a medida e sinalizou que as visitas ao ex-chefe nacional representam expressão de solidariedade.
“Eu acho que o Alexandre Moraes passou um facão lá; só ia permitir o integrante do Congresso Nacional. Porque, senão, eu iria lá fazer uma visita pra ele. É o momento da gente mostrar solidariedade, mostrar quem é amigo, quem é parceiro. A gente não pode ser só amigo e parceiro nos bons momentos. Mas nos maus momentos também. A pessoa que está sofrendo a injustiça, como ele, tem que olhar do lado e ver que ele tem muitos amigos do lado dele. E eu sou um deles”, disse o parlamentar.
David comentou que o colega de partido Rodolfo Nogueira (PL), líder da bancada ruralista na Câmara dos Deputados, teria tentado visitar o ex-presidente. Até o fechamento do texto, o Midiamax não conseguiu confirmar com o parlamentar a iniciativa. No sistema de consulta processual do STF, onde estão sendo registradas as deliberações do ministro, inclusive as autorizações de visitas, não consta o nome do deputado federal nem de outros membros da bancada de Mato Grosso do Sul.
Bolsonaro foi alvo de operação da Polícia Federal em 18 de julho, quando foi submetido a uso de tornozeleira, restrição de acesso às redes sociais e limitações ao sair de casa em horários noturnos.
Após participar remotamente dos atos de 3 de agosto, por meio de canais de aliados, que adotaram narrativas contrariando decisões judiciais e incentivando ofensas populares aos ministros do STF, em especial Alexandre de Moraes, foi decretada a prisão domiciliar contra o ex-presidente.
Desde então, Bolsonaro está impedido de deixar a residência em Brasília.
Eduardo Bolsonaro indiciado pela PF
A Polícia Federal indiciou Eduardo Bolsonaro e o seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, por coação no curso do processo e abolição violenta do Estado de direito. O documento foi encaminhado ao STF na tarde de ontem, 20/08.
Na avaliação dos investigadores, ficou evidenciado que Bolsonaro e Eduardo atuaram “de forma subordinada a interesses de agentes estrangeiros, em alinhamento previamente condicionado ao atendimento de pretensões externas”.
O lobby do deputado federal junto à Casa Branca colaborou para a aplicação das sanções de 50% do governo Donald Trump ao Brasil e foi decisivo para a utilização da Lei Magnitsky contra a Moraes, que está impedido de utilizar os serviços financeiros de empresas norte-americanas.
*Com informações da Agência Estado.
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Revisão: Dáfini Lisboa