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Política

Mesmo com crescimento nas redes após CPI, comando pós-fusão não deve prestigiar senadora

O Midiamax ouviu interlocutores nacionais e regionais ligados às duas legendas
Vinicios Araujo -
Senadora Soraya Thronicke e Virginia - (crédito: Edilson Rodrigues/Agência Senado)

Nem os mais de 144 mil novos seguidores conquistados em cinco dias, saltando de 256 mil para mais de 400 mil no Instagram após o embate com Virginia Fonseca na CPI das Bets, parecem garantir à senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) espaço de protagonismo na costura nacional que une PSDB e Podemos.

Os dados são da plataforma Not Just Analytics.

Nos bastidores, o desenho do novo partido que deve nascer da fusão entre as duas siglas já é traçado com forte tendência de comando tucano, e não há consenso sequer sobre a permanência de Soraya como principal nome da legenda no Estado para o pleito em 2026 ao Senado.

O Jornal Midiamax ouviu interlocutores nacionais e regionais ligados às duas legendas.

A avaliação unânime é de que o governador Eduardo Riedel (PSDB), visto como gestor técnico e com trânsito em diferentes alas partidárias, desponta como nome preferido para assumir o novo comando.

Tanto em Brasília quanto em Mato Grosso do Sul, o nome de Riedel é tratado como “carta de confiança”, e não por acaso, ele também tem sido sondado pelo Republicanos e o PSD, dois partidos em busca de quadros fortes para as eleições do próximo ano.

Apesar do interesse declarado de lideranças locais do Podemos em ver Riedel como dirigente do partido unificado, há ainda o fator Reinaldo Azambuja no tabuleiro.

Ex-governador, atual presidente estadual do PSDB e nome assegurado na disputa ao Senado, Azambuja tem costurado a sua permanência à frente da legenda após a fusão.

O comando de um partido envolve uma série de vantagens, inclusive de gestão dos recursos partidários, ao qual o tucano não estaria nenhum pouco disposto a abrir mão.

Sua permanência no partido pós-fusão, inclusive, pode estar condicionada à liderança da executiva regional.

Em Brasília, o assunto ainda é tratado com cautela. Qualquer movimentação pode ser precipitada o bastante para colocar em xeque a robustez esperada para a futura legenda em Mato Grosso do Sul. Isso porque em caso de debandada de Riedel e Azambuja, correligionários tucanos deverão seguir os líderes abandonando de vez o legado tucano.

Quanto à Soraya, a senadora, que em 2022 foi candidata à Presidência da República, hoje tenta reencontrar espaço após se distanciar da base bolsonarista que a elegeu em 2018.

Sua atuação na CPI das Bets e a repercussão nacional que ganhou nos últimos dias parecem ter oxigenado o mandato da sul-mato-grossense, seja pelo debate sobre o efeito das apostas online na saúde mental e financeira dos brasileiros ou pelos memes que resultaram do depoimento pitoresco da influenciadora aos senadores.

Essa visibilidade no mandato da senadora, contudo, não necessariamente refletiu no prestígio interno das cúpulas partidárias.

Procurada através da sua assessoria, Soraya não se manifestou. O silêncio, neste momento, parece estratégico, especialmente com o “peixe-grande” da articulação mordendo iscas saborosas de outras legendas de maior peso e relevância.

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