O vereador Maicon Nogueira do PP disse que neste fim de semana começa a percorrer as ruas do centro de Campo Grande para buscar assinaturas da população que está insatisfeita com o serviço prestado pela empresa responsável pelo transporte coletivo da Capital, o Consórcio Guaicurus.
Nogueira é idealizador de uma petição on-line que pede a intervenção no contrato de concessão do Consórcio Guaicurus, que já soma milhares de assinaturas em poucas horas. O grupo de empresas que explora o serviço de transporte coletivo da Capital foi alvo de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Câmara de Vereadores, que apontou diversas irregularidades no cumprimento do contrato.
“É impressionante como a população sofre dentro do transporte coletivo. Eu não imaginava milhares de assinaturas em menos de 48 horas. Vamos para os terminais, para o centro, para as feiras da cidade. Estamos recebendo apoio do centro comunitário de Campo Grande e do movimento estudantil. Mais de R$ 100 milhões foram investidos no Consórcio Guaicurus nos últimos anos. São milhares de casas populares, bairros asfaltados, remédios que não existiram porque gastamos o dinheiro errado”.
A expectativa é de reunir 50 mil assinaturas até dezembro. Ou seja, 10% da meta foi alcançada em menos de três dias. CLIQUE AQUI PARA ASSINAR.
“Nossa meta de 50 mil está próxima, pois temos até o final do ano para colher essas assinaturas. Embora a classe política acredite que não possa ter solução de curto prazo, o próprio contrato prevê. A intervenção é um ato legal e administrativo. Não é uma punição à empresa e sim uma defesa do usuário prevista em contrato. Tenho certeza de que a prefeitura vai se sensibilizar com a movimentação popular”, disse o vereador.
Alvos da CPI
Diretores e ex-diretores do Consórcio Guaicurus foram alvo de pedido de indiciamento. Há também pedido de responsabilização para integrantes das agências de trânsito e de regulação do município, que em tese deveriam fiscalizar a execução adequada do contrato e do serviço, mas teriam negligenciado pontos essenciais, como a contratação de seguro de indenização e a renovação da frota.
Pedido de intervenção
Maicon pediu ainda a intervenção da Prefeitura de Campo Grande no contrato bilionário de concessão do transporte coletivo. Segundo o parlamentar, “existem mecanismos administrativos que a prefeita pode fazer pelos motivos enfrentados pelos usuários do Consórcio”.
A CPI coletou mais de 600 denúncias contra o serviço, que também ouviu cidadãos em audiência popular, para expor toda a precariedade enfrentada pelos usuários no dia 25 de junho.
O relatório final da CPI concentrou diversas irregularidades elencadas durante os trabalhos da comissão, iniciados em março, dos quais se destacam o estado de sucateamento da frota, com mais da metade dos ônibus com vida útil superior ao estabelecido em contrato, além da ausência de fiscalização das agências de regulação do município e a constante alegação de déficit financeiro por parte do Consórcio, mesmo diante do lucro bilionário obtido ao longo dos anos de contrato.
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