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Política

‘Investigar para entender onde o Estado falhou’, diz Catan sobre morte de Vanessa

Deputado defendeu atuação das delegadas: 'fazem, dentro do possível, aquilo que é permitido'
Dândara Genelhú -
catan
Deputado João Henrique Catan (PL). (Reprodução/Alems)

Para o deputado estadual, João Henrique Catan (PL), é necessário “investigar para entender onde o Estado falhou” no atendimento à Vanessa Ricarte, vítima de . A jornalista faleceu aos 42 anos após ser esfaqueada pelo ex-noivo, Caio Nascimento.

Áudios de Vanessa relatam o atendimento prestado na (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher de MS) como ‘frio’. A jornalista chegou a denunciar o ex-noivo. Logo depois, foi atacada dentro da própria casa.

“Mesmo sendo este um crime hediondo, não acho que as delegadas devam ser afastadas, até que tudo seja muito bem apurado para as devidas responsabilizações”, defendeu Catan. O deputado afirmou que “o problema está lá na ponta. A estrutura que temos na Capital conta com uma delegacia especializada, com grandes convênios”.

Assim, defendeu a investigação, “porque o Estado falhou”, justificou. O parlamentar lembrou que deputados estaduais apresentam projetos em defesa da mulher. “São rejeitados porque geram custo para o Executivo. São aplicativos para acionamento da Patrulha, criação de um cadastro, por exemplo”, apontou.

Para Catan, o “grande culpado é o Governo do Estado de MS, que numa declaração fez o “mea culpa”, chamando a responsabilidade para si”. Logo, o parlamentar acrescentou que “falta efetivo, estrutura, bons salários, implementação da máquina para monitorar e proteger as mulheres”.

Por fim, defendeu a atuação das delegadas. “As delegadas fazem, dentro do possível, aquilo que é permitido. Como culpar estas pessoas se não lhes deram ferramentas adequadas para trabalhar? É preciso avaliar a efetividade do Estado nesta situação que atinge centenas de mulheres pelo Estado”, disse ao Midiamax.

Vanessa relatou atendimento ‘frio’

Áudios de Vanessa Ricarte sobre atendimento mostram que o descaso e erros grosseiros seguem presentes na Deam.

Vanessa detalhou o atendimento na Delegacia Especializada: “bem fria e seca”. A jornalista buscou amparo e denunciou o ex-noivo, Caio Nascimento, pouco tempo antes de ser vítima de feminicídio na própria casa. Ela a facadas.

Neste domingo (16), a jornalista completaria 43 anos ao lado de amigos e familiares. Agora, deixa memória de carreira brilhante e independência, além das denúncias deixadas em gravação de voz.

Servidora pública que trabalhava no MPT-MS (Ministério Público do Trabalho em ), Vanessa morreu na Santa Casa de na noite do dia 12 de fevereiro, vítima de feminicídio.

Ela foi esfaqueada em casa, no Bairro São Francisco, pelo ex-companheiro, preso em flagrante logo após o crime. Vanessa recebeu três facadas no coração e depois levada em estado gravíssimo à Santa Casa. Contudo, não resistiu.

Após a morte e ampla divulgação dos áudios de denúncia de Vanessa, mulheres voltaram às redes sociais para relatar o atendimento na Deam.

Suposta inexperiência

A delegada que atendeu a jornalista Vanessa Ricarte, de 42 anos, e registrou o boletim de ocorrência em que a vítima denuncia o ex-noivo é a delegada Riccelly Maria Albuquerque Donhas, que passou no último concurso da Polícia Civil, em Mato Grosso do Sul, e está em estágio probatório.

A suposta inexperiência da delegada é apontada pelos próprios colegas de profissão como um dos fatores determinantes para que Vanessa classificasse, em áudio enviado para uma amiga, que foi tratada de maneira ‘fria e seca’ na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), horas antes de ser assassinada pelo seu ex-noivo.

O local, que deveria ser de acolhimento à vítima, foi de orientações desencontradas. A jornalista ainda relata que uma delegada teria dito para ela ligar para Caio pedindo que ele deixasse a sua residência. 

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