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Política

‘Inimigo do povo’: usuários criticam fala de Papy para mais dinheiro ao Consórcio Guaicurus

Ideia de empresários de ônibus 'entregarem' concessão ganhou força nas redes sociais
Gabriel Maymone -
política
Comentários nas redes sociais do Jornal Midiamax criticaram fala de Papy. (Papy – Madu Livramento / ônibus – Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

Repercutiu negativamente nas redes sociais fala do presidente da Câmara de , Papy (), que a solução para o de Campo Grande seria dar mais dinheiro ao Consórcio Guaicurus.

Vale ressaltar que os empresários do ônibus serão beneficiados com cerca de R$ 64 milhões somente este ano entre subsídios e isenção fiscal do ISS (Imposto Sobre Serviço).

Assim, a fala de Papy causou revolta e indignação em leitores do Jornal Midiamax nas redes sociais.

Comentário feito por um dos leitores: “Inimigo do povo”.

Outro também se mostrou indignado: “É cada coisa, cada absurdo que temos que ler, ver e ouvir. Papy entrega um pouco do seu salário pra eles”.

“Pede pra ele tirar do bolso dele e dar se ele tá com dó”, disse Claudimar Souza Feitosa em comentário semelhante.

A ideia não agrada aos passageiros que enfrentam o caos no transporte coletivo de Campo Grande diariamente: “É dar dinheiro para o consórcio e tirar do povo né vereador? Na próxima eleição a gente vai analisar essa sugestão”, diz Aniban Luna.

Também se revoltou em dar mais dinheiro público aos empresários do ônibus a leitora Cláudia Mariana Vitorino: “Uma palhaçada isso Hem, já toma tanto dinheiro e ainda tem que dar mais. Pra uma empresa que não faz nada e não tem ônibus de qualidade”.

Já Júlio Cezar Lopes Prieto propõe outra saída para o problema: “Encerrar o contrato melhor coisa a se fazer, pois quem depende do transporte público sofre com ônibus caindo os pedaços, o desconforto é nítido, e nada fazem para melhorar… está CPI já gastaram mais de 100.000 e nada de solução para os usuários…. e agora a resposta é pagar mais dinheiro para o consórcio guaicurus e a população que se lasca pouca vergonha..”

Ideia parecida é defendida pela leitora Lilian Araújo da Silva: “A solução seria abrir licitação p outras empresas de transporte, acabando de vez com essa máfia que existe aqui do transporte público”.

A sugestão para o Consórcio Guaicurus entregar a concessão é uma das mais defendidas nas redes sociais do Jornal Midiamax. “Acho que deveria abrir concorrência para baratear o custo,pois por ter só uma empresa eles deitam e rolam com a população”, comentou Maria Almeida.

Todos os comentários podem ser vistos NESTE LINK.

Ao Jornal Midiamax, Papy minimizou: “Críticas fazem parte. Falta um pouquinho de esclarecimento a respeito dessa ideia”, disse, afirmando que “a CPI alcançou objetivo de esclarecer pontos a respeito desse contrato e meu objetivo é atender população de campo grande e melhorar transporte”.

Sobre a proposta, disse: “É equivocado dizer que existe dinheiro para o Consórcio. Defendo que na gestão do transporte coletivo municipal a gente tenha também participação do investimento público”.

E continuou: “Hoje a tarifa técnica é de 7, 8 reais pelo contrato, mas não dá pra cobrar isso da população. Parte disso o município tem que arcar, está previsto em contrato, não e ideia nova. Algumas pessoas não compreenderam bem o que eu disse”, completou.

Leia também – ‘Mau negócio’ que rende milhões

R$ 64 milhões em subsídios: Papy defende mais dinheiro ao Consórcio Guaicurus

De volante faltando pedaço a sacolinha segurando porta são algumas situações que passageiros enfrentam em Campo Grande (Reprodução)

Após reunião fechada da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) que apura a situação do serviço prestado pelas empresas, Papy defendeu aporte mensal aos empresários do ônibus.

É um dinheiro que possa ser todo mês destinado para o transporte público de Campo Grande. Para salvar o transporte do jeito que está, independente de quem é culpado, quem deixou de fazer lá na frente”, justificou o presidente.

Para formalizar aporte ao Consórcio, Papy indicou negociações com o Governo de MS, a União e a bancada federal. “De repente um grande acordo, inclusive com a presença do Governo do Estado, com a presença da bancada federal. Eu falei com a ministra Simone, nós precisamos de recurso de custeio”, apontou.

Para Papy, entregar mais dinheiro público ao Consórcio Guaicurus poderia garantir o futuro do transporte público na Capital. “Acho que a fundo, com o dinheiro vinculado, é o melhor jeito. Porque daí não tem discricionalidade de nenhum , não depende de quem foi o prefeito hoje ou amanhã. Você tem o recurso garantido com a finalidade específica”, defendeu o presidente.

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Consórcio Guaicurus mantém ônibus velhos nas ruas enquanto tem receita de R$ 1,2 bilhão

Os empresários de ônibus de Campo Grande são o verdadeiro exemplo do ‘mau negócio’ que rende milhõesNa verdade, bilhões. Isso porque equipe técnica da prefeitura da Capital certificou auditoria contábil nas planilhas do Consórcio Guaicurus e atestou que a concessionária teve receita de R$ 1.277.051.828,21 (um bilhão, duzentos e setenta e sete milhões, cinquenta e um mil, oitocentos e vinte e oito reais e vinte e um centavos) de 2012 a 2019 — somente os oito primeiros anos do contrato. Os técnicos chegaram aos valores a partir de balanços enviados pelas próprias empresas de transporte.

Conforme documento oficial da Agereg (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Campo Grande), os lucros do Consórcio Guaicurus só aumentaram. “Mantendo-se em um nível linear entre os períodos de 2016 a 2018, excetuando o exercício financeiro de 2019 com baixa, porém, mesmo registrando baixa em suas receitas [em 2019], o Consórcio auferiu lucro para o período, melhor que o exercício imediatamente anterior”.

Apesar de lucrar milhões explorando o transporte público em Campo Grande, perícia autorizada pela Justiça revelou que, desde 2015, a idade média dos ônibus que circulam nas ruas ultrapassou a média de 5 anos, determinada pelo contrato. Em vez de utilizar os recursos para melhorar os serviços, o laudo pericial apontou ainda que o número de ônibus nas ruas só diminuiu. “Evidente que o Consórcio sempre possuiu condições de adimplir o contrato de concessão”, diz documento da Agereg.

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