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Política

‘Hora de colocar a cara’: políticos de direita se manifestam sobre ato pró-Bolsonaro em MS

PL deve se reunir na próxima semana para definir detalhes dos protestos
Thalya Godoy -
bolsonaro
Bolsonaro e Michelle em protesto meses atrás. (Reprodução, X)

não tem, por enquanto, previsão para este fim de semana de manifestação pró-Bolsonaro (PL). O foi alvo de operação da Polícia Federal na última sexta-feira (18). O político de direita passou a usar tornozeleira eletrônica e a cumprir outras medidas cautelares, como toque de recolher, não usar redes sociais e nem ter contato com o filho Eduardo Bolsonaro, que mora nos Estados Unidos.

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O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante, publicou no X (antigo Twitter) uma convocação para manifestação. O deputado federal sul-mato-grossense Rodolfo Nogueira (PL) e outros membros do Partido Liberal devem se reunir na segunda (21) e terça-feira (22) para tratarem sobre os detalhes da manifestação. Está prevista uma coletiva de imprensa às 14h na segunda-feira. Em , políticos chegaram a pedir o fim do recesso, mas os líderes do Congresso ignoraram o apelo da oposição e mantiveram a pausa dos trabalhos até o retorno em 4 de agosto.

Em nota publicada nas redes sociais, o partido de Bolsonaro criticou a operação autorizada pelo STF (Supremo Tribunal Federal) e chamou as pessoas a protestarem. “O povo deve voltar às ruas, de forma pacífica e ordeira, para exigir respeito à Constituição, à liberdade e a democracia”, diz parte do documento. 

Sem manifestações no fim de semana

Ao Midiamax, políticos confirmaram que não há manifestações programadas para este fim de semana. Contudo, parte acredita que o povo de ir às ruas. “É a hora de colocar a cara e a digital na defesa do presidente [Bolsonaro]”, disse um. 

O deputado estadual João Henrique Catan (PL) vê manifestações pacíficas como legítimas, especialmente neste momento em que ele classifica como “arbitrário”, “quando estão fazendo de tudo para tirar o presidente Bolsonaro de cena”. O político reforçou que está pronto para participar de todos os protestos que forem marcados. 

“A democracia se fortalece com a voz das ruas, e nos últimos anos é o que tem acontecido, reunindo milhares de pessoas inconformadas com esta escancarada perseguição politica. Quando parlamentares como o deputado Sóstenes Cavalcante falam em manifestação, estão ecoando o sentimento de milhões de brasileiros que se sentem injustiçados e querem defender não apenas o presidente Bolsonaro, mas os valores que ele representa: liberdade, soberania nacional, respeito à Constituição e combate ao arbítrio”, defende.

O ex-candidato a governador em 2022, Capitão Contar (PRTB), também se mostra favorável a manifestações pacíficas. “Ir para as ruas de forma pacífica é legítimo e necessário. Renova as energias e nos faz estar conectados com as pautas que movem nossas bandeiras. Aqui no MS sempre liderei as motociatas e entendo que estar nas ruas é saudável para a democracia”, pontua.

Congressistas 

Já o deputado federal Dr. Luiz Ovando (PP) disse que está se inteirando da situação e que ainda não formou opinião sobre o caso, mas pontuou que a população tem o direito de se manifestar. 

“Eu sou a favor de qualquer tipo de manifestação, desde que a pessoa tenha fundamento. Agora precisamos nos inteirar, uma situação até certo ponto delicada e a gente não pode simplesmente começar a falar de forma incontida sobre determinadas situações, precisamos avaliar verdadeiramente os fatos, as repercussões. Então, eu não vou dizer para você que eu acho que tem aqui sair, mas a manifestação é livre. Nós temos, inclusive, isso garantido na Constituição, com muita segurança”, explicou. 

O deputado também fez críticas ao Executivo e Judiciário. “A manifestação ela sempre pressiona os que decidem a parar e pensar e reconsiderar o que precisa ser feito. Inclusive, com o Governo Lula e esse ministro do STF, que infelizmente tem tomado decisões até por apatia, indiferença e conivência dos seus pares do STF. Mas eu acho que é importante considerar isso, mas eu particularmente não tenho nenhuma opinião ainda. Eu vou avaliar os fatos”, finalizou.

Outro congressista de Mato Grosso do Sul já se manifestou a favor de levar a população a se manifestar. O deputado federal Marcos Pollon (PL-MS) criticou a operação contra o ex-presidente. 

“Este último ataque a Bolsonaro, mais do que ferir diretamente a ele, nosso maior representante, demonstra um ponto de ruptura: estamos em uma ditadura! E num ponto em que os tiranos já não se ocupam em fingir normalidade, mas atuam às claras […] as manifestações já estão acontecendo em todo o Brasil, incluindo o MS e de diversas formas diferentes. Quanto a convocações para atos aos moldes do que vimos e participamos desde 2007, é fundamental lembrar que A RUA É DO POVO! De maneira que o momento é grave, e, principalmente, impõe a necessidade de compreender primeiro o que se quer e segundo como conseguir”, defendeu Pollon. 

Operação mira Bolsonaro

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi alvo, na última sexta-feira (18), de uma operação da Polícia Federal determinada pelo ministro do STF, Alexandre de Moraes.

Bolsonaro terá de usar tornozeleira eletrônica e, segundo apurou o UOL, foi à superintendência da PF em Brasília com carro próprio, para colocar o dispositivo. A decisão também impõe restrições severas, incluindo:

  • Proibição de contato com outros réus e investigados, como seu filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos e atua como elo com o ex-presidente Donald Trump;
  • Recolhimento domiciliar das 19h às 7h e nos fins de semana;
  • Proibição de comunicação com embaixadores e diplomatas estrangeiros;
  • Impedimento de acesso a redes sociais;
  • Restrição de aproximação de embaixadas — em novembro de 2024, Bolsonaro afirmou que se sentia perseguido e cogitava pedir refúgio em embaixada caso houvesse ordem de prisão.

A operação foi autorizada após parecer favorável da Procuradoria-Geral da República. Agentes da PF cumpriram mandados de busca e apreensão nas residências de Bolsonaro, em Brasília e no Rio de Janeiro, além da sede do PL.

As suspeitas são de coação no curso do processo, obstrução de Justiça e ataque à soberania nacional.

A defesa do ex-presidente divulgou nota dizendo que ele “recebeu com surpresa e indignação a imposição de medidas cautelares severas” e que “sempre cumpriu com todas as determinações do Poder Judiciário”. O partido ainda não se manifestou oficialmente.

Durante a ação, os agentes apreenderam cerca de US$ 14 mil na casa do ex-presidente, em Brasília. A investigação apura se o valor poderia ser utilizado em uma eventual tentativa de fuga. As medidas fazem parte da PET nº 14129, em andamento no Supremo Tribunal Federal.

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