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Política

Grupo protesta e pede que Catan seja levado para comissão de ética por fala contra professora

Falas consideradas transfóbicas por deputados e sociedade civil motivaram protesto na Alems
Thalya Godoy -
Grupo compareceu na Alems nesta terça-feira (18). (Henrique Arakaki, Jornal Midiamax)

Um grupo de estudantes marcou presença na sessão da (Assembleia Legislativa de ), nesta terça-feira (18), para protestar contra as falas do deputado estadual João Henrique Catan (PL), na última terça-feira (11). O parlamentar proferiu discurso considerado transfóbico por deputados e pela sociedade civil contra uma professora da Reme (Rede Municipal de Ensino) que se fantasiou de “Barbie da Shopee” na volta às aulas, em 10 de fevereiro. 

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Segundo a Presidenta Estadual da UNA LGBT – MS (União Nacional LGBT), Sofepoar Mimotti, de 23 anos, o grupo espera que o comportamento de Catan chegue a uma comissão de ética. 

“A gente veio aqui reivindicar que esse deputado estadual que cometeu esse crime de transfobia, amparado pela lei, venha a ser punido e responder por isso […] em 2025, a gente começou o ano com vários ataques à comunidade transexual referentes também a um projeto político de retirada de direitos, então os nossos corpos são sempre os primeiros que vão atacar”, aponta. 

O grupo entregou aos deputados o protocolo Dandara, um documento que traz uma série de orientações para uma educação inclusiva nas escolas sobre a população LGBT+. 

“A Dandara foi a primeira diretora trans da Ubes [União Brasileira dos Estudantes Secundaristas] e ela acabou sendo assassinada. E uma forma de manter sua história dentro do movimento estudantil, o protocolo tem várias diretrizes que as escolas podem seguir em questão da fundamentação legal, tanto em questão de decretos, tanto das formas de como deve ser feito o acolhimento socioemocional que devem ser tratados, desde o respeito ao nome social ao procedimento da alteração do registro escolar”, explicou o estudante e membro da Ubes, João Victor Duarte Rafael.

O grupo carregava cartazes como “Por + travestis na educação” e “TRANSformar a sala de aula”, um pedido por mais inclusão nas escolas. 

Professora foi convidada a se fantasiar

A professora Emy Matheus Santos se manifestou após críticas do deputado estadual João Henrique Catan (PL) sobre recepção de alunos em escola municipal de . “Fui convidada a me fantasiar para receber as crianças de forma diferente para o primeiro dia de aula”, afirmou a profissional, na terça-feira (11).

Durante a sessão ordinária da Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul), o deputado do PL compartilhou o vídeo com os parlamentares. Questionou as vestimentas da professora e também a aparição de crianças em vídeo compartilhado em rede social.

“Fantasiado de travesti. Essa é a vestimenta para ir na sala de aula dar aula para as crianças? Eu quero saber se isso está no conteúdo de ensino, o que isso contribui para o ensino? Eu quero saber se os pais dessa comunidade escolar gostariam de receber todos os vestidos ao contrário. Qual debate ele promoveu para essas crianças de 6 e 7 anos?”, criticou o deputado. Na sessão no dia seguinte, Catan chegou a negar que a fala era preconceituosa.

Em nota divulgada no mesmo dia, a Semed (Secretaria Municipal de Educação) afirmou que o uso de fantasias é caracterizado como recurso pedagógico. “Em tempo, é importante destacar que diversos professores adotam o uso de fantasias e caracterizações como recurso pedagógico, buscando tornar o processo de ensino mais lúdico, dinâmico e envolvente para as crianças, desde que vinculado ao plano de ensino e currículo”, afirmou a nota. Uma denúncia sobre o caso também foi registrada na ouvidoria da pasta. 

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