O presidente da Câmara de Vereadores de Campo Grande, Epaminondas Neto, o Papy (PSDB), afirmou que só ficou sabendo da ‘visita’ do chefão do Consórcio Guaicurus ao seu gabinete por meio de reportagem do Jornal Midiamax, divulgada na tarde de ontem (30).
“Não agendou comigo, fiquei sabendo da visita pela notícia de vocês. Não me ligou e nem agendou também”, afirmou à reportagem nesta manhã.
A equipe flagrou Themis de Oliveira deixando a sala da Presidência da Casa de Leis na tarde de ontem, após rumores de reunião a portas fechadas com integrantes da comissão que investiga a precariedade do transporte coletivo na Capital.
Themis alegou ter ido buscar informações sobre a investigação junto ao presidente da Casa.
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Ele é um dos alvos da CPI e, atualmente, ocupa o posto de diretor do consórcio que controla o serviço em Campo Grande, alvo de centenas de reclamações e denúncias.
Ele foi ouvido em oitiva da CPI em 18 de junho e não apresentou dados relevantes. Durante o interrogatório, insistiu em barrar a renovação da frota, que exige a troca de mais de 90 veículos que circulam em estado de sucateamento.
“Para eu substituir em torno de 200 ônibus, precisaria pegar um financiamento de R$ 170 milhões”, apontou à época.
Contudo, dinheiro não seria um problema caso se concretize o plano defendido pelo presidente da Câmara para resolver o caos no transporte público de Campo Grande.
Para Papy, o que vai de fato fazer as coisas melhorarem para os milhares de usuários que trafegam amontoados nos coletivos do consórcio é a destinação de mais dinheiro à empresa.
Após a declaração, usuários dos ônibus criticaram a fala do parlamentar, que chegou a ser chamado de ‘Inimigo do povo’.
Os ‘donos’ do Consórcio tentam garantir na Justiça uma indenização milionária contra o Município, por atraso no reajuste da tarifa. A ação quer compensar mais de R$ 377 milhões, alegando suposto desequilíbrio econômico-financeiro do contrato.
O atual presidente, Themis de Oliveira, assumiu em janeiro deste ano, no lugar de João Resende, que ficou 12 anos no cargo. Apesar da troca de cadeiras, Resende segue na diretoria do Consórcio.
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