A ex-vereadora e ex-deputada federal, Carla Stephanini, foi nomeada nesta sexta-feira (9) como a coordenadora estatual da Casa da Mulher Brasileira. A publicação da nomeação consta no DOE (Diário Oficial do Estado).
A advogada já foi subsecretária de Políticas para Mulher da Prefeitura Municipal de Campo Grande de 2017 a 2024 e subsecretária da Mulher e da Promoção da Cidadania do Governo do Estado de Mato Grosso do Sul de 2011 a 2012, além de ter ocupado as coordenadorias de Políticas Públicas para Mulheres tanto do Município quanto do Estado entre os anos de 2005 a 2010.
De acordo com a nomeação, Carla exercerá cargo em Direção Gerencial Superior Especial e Assessoramento, símbolo CCA-05, na função de Superintendente II, na Secretaria de Estado da Cidadania. O salário corresponde a remuneração fixa de R$ 18.464,14.
“O objetivo é fortalecer a prestação dos serviços integrados e a sinergia interinstitucional visando salvaguardar a vida e a dignidade das mulheres. Neste sentido, entre outros aspectos, vamos incrementar o uso da tecnologia e aperfeiçoar os protocolos internos no que se fizer necessário promovendo a presteza no atendimento e o permanente acolhimento humanizado das mulheres vítimas de violência doméstica e familiar, mantendo o constante diálogo institucional e com a sociedade”, ressalta.
A coordenação integrada e compartilhada foi criada por meio do acordo de cooperação técnica assinado entre Governo do Estado e Prefeitura de Campo Grande, em março deste ano, para a execução das ações previstas no programa “Mulher viver sem violência”, instituído pelo Decreto Federal 11.431/2013, que traz as diretrizes para o funcionamento da Casa da Mulher Brasileira na Capital.
Coordenação compartilhada Casa da Mulher Brasileira
No âmbito municipal, em fevereiro, a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (União Progressista), designou novamente Iacita Terezinha Rodrigues de Azamor Pionti ao cargo de Gerente da Casa da Mulher Brasileira. A publicação ocorre no mesmo dia em que a reportagem do Midiamax questionou a titular da Secretaria-Executiva da Mulher, Maria Angélica Fontanari de Carvalho e Silva, sobre quem seria a responsável pela Casa da Mulher Brasileira.
A designação constou em edição extra do Diogrande (Diário Oficial), do dia 17 de fevereiro. A importante pasta para defesa de mulheres em situação de violência ficou oficialmente sem uma gerente por quase 50 dias. A então coordenadora foi exonerada no dia 30 de dezembro. Assim, a Casa da Mulher Brasileira ficou 49 dias sem gerente.
A titular da pasta explicou que Iacita Pionti estaria trabalhando normalmente desde o início do ano e que a falta da designação era mera “formalidade”. “Ela era coordenadora, continua sendo coordenadora, está trabalhando desde o primeiro dia (da nova gestão). O trabalho de fato está ocorrendo normalmente, não teve interrupção de nada”, disse Angélica Fontanari.
As nomeações ocorrem em meio ao debate sobre a rede de proteção em Campo Grande após o feminicídio da jornalista Vanessa Ricarte, no dia 12 de fevereiro.