O vereador e membro da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito), Júnior Coringa (MDB), disse que o relatório final da investigação que analisa supostas irregularidades do Consórcio Guaicurus deve ser entregue na data limite do novo prazo estabelecido pela Câmara de Campo Grande.
“Estamos conversando individualmente. Cada vereador da CPI está entregando o seu relatório próprio para a relatora. Uma reunião que ainda não tem data marcada deve confrontar as informações para concluir o relatório final do estudo”, disse ao Jornal Midiamax.
Com prazo inicialmente para o dia 15 de agosto, o documento que conclui a investigação contra o Consórcio Guaicurus pode chegar à presidência da Câmara com 28 dias corridos, a partir do último dia 5.
Ao Jornal Midiamax, a relatora disse que espera cumprir o primeiro prazo, que seria dia 15 de agosto, mas, de acordo com o vereador Coringa, muitos documentos ainda precisam ser analisados.
Ana é responsável por elaborar todo o parecer da comissão, reunindo a análise dos vereadores que compuseram a CPI sobre as eventuais irregularidades cometidas na execução do contrato bilionário, o qual garante ao grupo Guaicurus a concessão exclusiva do transporte coletivo.
“Ainda nesta semana, vamos marcar uma reunião, mas vamos tentar entregar no prazo que antes estava previsto, que é dia 15 mesmo”, disse Ana Portela.
Sucateamento e superlotação nos ônibus disparam denúncias na CPI do Consórcio Guaicurus. O presidente da Casa, Epaminondas Neto, o Papy (PSDB), explica que a relatora tem a prerrogativa regimental de pedir o dilatamento do prazo.
Coringa afirmou ainda que é preciso oferecer o tempo necessário para avaliar bem todas as sugestões dos colegas que compuseram a comissão, mencionando, que ao longo das investigações, foram reunidas mais de 130 mil páginas de documentos.
Audiências, denúncias e gastos
A CPI do Transporte Público iniciou suas oitivas em abril. Desde então, gestores do Consórcio Guaicurus, empresa responsável pela concessão exclusiva do serviço, membros da administração pública ligados à regulação e fiscalização do contrato bilionário, ex-funcionários e usuários dos ônibus que circulam na Capital foram ouvidos, coletando uma série de elementos que podem indicar irregularidades no serviço prestado ao cidadão campo-grandense.
As denúncias miram especialmente a precariedade da frota, que, além de provocar transtorno na rotina dos usuários, compromete a qualidade do transporte e não retribui os lucros milionários obtidos pelo Consórcio Guaicurus, o qual alega estar em déficit financeiro.
Para apurar as ‘desculpas’ dos empresários, a CPI contratou assessorias contábeis e jurídicas, no valor de R$ 140 mil, para devassa nas contas da companhia, que já passou por pente-fino em outras ocasiões e volta a ser alvo de perícia contábil, a fim de reconhecer se, de fato, está em desconformidade ao que entrega na prestação do serviço de transporte coletivo da Capital.
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