A Corregedoria da Câmara dos Deputados recebeu um pedido de suspensão de mandato da deputada federal sul-mato-grossense Camila Jara (PT).
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O documento foi entregue por lideranças do PL e do Novo após o empurra-empurra entre a congressista e o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) em 6 de agosto, durante o “motim” promovido por políticos bolsonaristas no plenário da Casa de Leis.
Além dela, outros 14 deputados — incluindo Marcos Pollon (PL-MS) — também são alvo de representação, que vão de suspensão a cassação de mandatos. O corregedor, deputado federal Diego Coronel (PSD-BA), terá 48 horas para se pronunciar sobre cada caso.
Camila Jara
No caso de Jara, o pedido foi entregue diretamente à Corregedoria Parlamentar e não pelo presidente da Mesa Diretora Hugo Motta (Republicanos – PB). Devido a isso, o pedido contra a deputada não estava na relação inicial de denúncias a serem analisadas pelo órgão.
A informação foi confirmada pela Corregedoria pelo portal Poder 360. Na sexta-feira (8), o líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), confirmou a entrega representação e disse que a “agressão covarde contra o deputado Nikolas Ferreira não ficará impune”. Camila Jara nega confissão de agressão.
“Provavelmente, a imprensa não tenha noticiado porque este processo foi entregue pelas referidas Lideranças diretamente à Corregedoria Parlamentar, ou seja, não passou previamente pela Presidência da Casa”, diz parte da nota enviada ao Poder 360.
O Jornal Midiamax procurou a assessoria da parlamentar para perguntar sobre o assunto. O espaço segue aberto para manifestações.
Outras punições
O corregedor da Câmara, deputado federal Diego Coronel (PSD-BA), terá 48 horas para se pronunciar sobre cada representação dos 14 deputados que participaram do protesto na Câmara dos Deputados Federais em 5 e 6 de agosto.
Posteriormente, a Mesa Diretora da Câmara Federal — composta pelo presidente Hugo Motta (Republicanos – PB) e outros seis deputados — será ouvida e dará a palavra final sobre cada caso. Se for votado pelo afastamento, o processo é levado para o Conselho de Ética, que terá 3 dias úteis para avaliar os casos.
Motta encaminhou à Corregedoria os pedidos contra os 14 deputados na última sexta-feira (8). O Partido Liberal protocolou um pedido de punição contra a deputada federal Camila Jara (PT-MS) por trocar um empurra-empurra com o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG).
Confira os nomes dos 14 deputados:
- Marcos Pollon (PL-MS);
- Zé Trovão (PL-SC);
- Júlia Zanatta (PL-SC);
- Marcel van Hattem (Novo-RS);
- Paulo Bilynskyj (PL-SP);
- Sóstenes Cavalcante (PL-RJ);
- Nikolas Ferreira (PL-MG);
- Zucco (PL-RS);
- Allan Garcês (PP-TO);
- Caroline de Toni (PL-SC);
- Marco Feliciano (PL-SP);
- Bia Kicis (PL-DF);
- Domingos Sávio (PL-MG); e
- Carlos Jordy (PL-RJ).
Os deputados bolsonaristas inviabilizaram as atividades na Câmara dos Deputados como uma forma de pressionar a votação do projeto da Anistia, que prevê inocentar a todos os envolvidos nos atos golpistas do 8 de janeiro de 2023.
A movimentação aumentou após o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passar a cumprir prisão domiciliar por desobedecer às medidas cautelares e usar as redes sociais de terceiros — como dos filhos e de apoiadores — para participar virtualmente das manifestações em 5 de agosto, incluindo em Dourados.
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