“Parece a primeira vista contraditório, agora ele tem os pontos de vista dele”, pondera o bolsonarista e deputado federal Dr. Luiz Ovando (PP-MS), sobre o espírito “patriota” defendido pela direita e a atuação de Eduardo Bolsonaro (PL-SP). O filho do ex-presidente tenta frustrar os planos da delegação de senadores brasileiros nos Estados Unidos em negociar a taxação contra os produtos brasileiros.
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O filho 02 de Jair Bolsonaro pediu licença do cargo de deputado federal em março e se mudou para os Estados Unidos em busca de articular apoio ao pai, que corre o risco de ser preso por liderar uma suposta trama golpista. Um dos pedidos principais dos bolsonaristas é a anistia para perdoar os crimes cometidos nos atos golpistas em 8 de janeiro.
Em entrevista ao SBT News, na última segunda-feira (28), Eduardo Bolsonaro afirmou que trabalha para atrapalhar a comitiva de senadores que viajou aos Estados Unidos e que a missão “está fadada ao fracasso”. “Eu trabalho para que eles não encontrem diálogo”, afirmou.
Eleições 2026
Questionado pelo Midiamax sobre a atuação do filho do ex-presidente, Dr. Luiz Ovando julgou os planos de inviabilizar o trabalho da delegação, mas defendeu que o político está “buscando justiça assim como eu também”. O progressista critica o que ele classifica como uma instabilidade jurídica e institucional no país.
O político também cobra atenção para as eleições em 2026, especialmente para os cargos de senador. Serão duas vagas para o Senado Federal, inclusive um dos cotados para disputar pelo PP em Mato Grosso do Sul seria Ovando. O Senado também é um ponto de interesse do PL, partido de Bolsonaro, visando angariar apoio para emplacar o Projeto de Lei da Anistia.
“Se nós não atentarmos para isso [eleições] nós vamos descambar para uma ditadura, o que é pior, uma ditadura da toga. E você não tem a quem recorrer Eu em princípio não concordo com qualquer crítica dele [Eduardo Bolsonaro] em que tenha alguém tentando ir pelas vias normais de restabelecimento do processo jurídico desse país”, afirmou o deputado.
Contradições
Perguntado se há coerência entre as ações de Eduardo Bolsonaro com o sentimento de patriotismo – fortemente defendido pela direita – o político de Mato Grosso do Sul reconheceu que há certa contradição.
“Parece a primeira vista contraditório, agora ele tem os pontos de vista dele […] o governo está sendo amparado e ancorado por um Supremo que mais parece como um partido político do que na verdade um estabelecedor, por exemplo, da constituição, da constitucionalidade das leis deste país”, declarou.
Reunião com senadores
O presidente da Comissão de Relações Internacionais do Senado, Nelsinho Trad (PSD), divulgou um vídeo comentando sobre a agenda desta terça-feira (29). O parlamentar está conversando e entregando cartas às autoridades norte-americanas. Nelsinho está à frente da comitiva de senadores que busca barrar o tarifaço anunciado por Donald Trump em cima dos produtos brasileiros.
Com documentos em mãos, Nelsinho chama a tarifa de 50% de ‘perde-perde’. “Temos um panorama dos estados que têm mais negócios com o Brasil. São as implicações do perde-perde que essa medida leva. Vamos entregar também um convite para que os parlamentares consigam ir para o Brasil e, assim, conhecerem a realidade que estamos mostrando. Cada parlamentar vai receber a implicação no estado que representa, caso a medida seja realmente adotada”, explicou.
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