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Política

Comitiva do Ministério das Mulheres vem a MS após áudios revelarem falhas na rede de proteção

Áudios gravados pela jornalista Vanessa Ricarte, horas antes de ser morta pelo ex-noivo, relevaram tratamento grosseiro e desumanizado na Deam
Thalya Godoy -
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Velório Vanessa Ricarte
Velório de Vanessa foi realizado na Câmara de Campo Grande; corpo foi sepultado em Três Lagoas. (Madu Livramento, Midiamax)

A comitiva do Ministério das Mulheres, para tratar sobre o feminicídio da jornalista Vanessa Ricarte e falhas na rede de proteção para mulheres vítimas de violência, chega em no fim da noite deste sábado (15), às 23h. 

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O grupo será composto pela Ouvidora, Grazielle Carra Dias; a Diretora de Proteção de Direitos, Pagu Rodrigues, e a Chefe de gabinete da ministra, Katia Guimarães. Até então, não foi confirmada a vinda da ministra das mulheres, Cida Gonçalves, que é natural de Campo Grande. 

Conforme informações da pasta, a agenda será divulgada em breve. Em nota divulgada no início da madrugada deste sábado (15), o grupo vem a , neste fim de semana, para para dialogar com representantes da rede de atendimento. 

A visita ocorre após áudios gravados por Vanessa Ricarte terem revelado um atendimento grosseiro e desumanizado prestado pela (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher). O Ministério das Mulheres encaminhou um ofício à Corregedoria da PCMS (Polícia Civil de Mato Grosso do Sul) solicitando a abertura de procedimento investigativo para apurar o atendimento prestado à jornalista. Um documento também foi enviado ao MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) a respeito de providências a serem tomadas.

Os áudios gravados pela jornalista mostram que Vanessa foi até a casa onde estava o agressor, desacompanhada da escolta da Patrulha Maria da Penha, em desacordo com o protocolo de avaliação de risco para mulheres em situação de violência e que orienta o atendimento na Casa da Mulher Brasileira.

Atendimento desumanizado na Deam

“O jeito que ela me tratou foi bem prolixo. Bem fria e seca”, resumiu Vanessa Ricarte sobre o atendimento da delegada. 

“Eu, que tenho instrução, escolaridade, fui tratada desta maneira. Imagina uma mulher vulnerável… essas que são mortas”, disse a jornalista em mensagem a uma amiga. “Tudo protege o cara, o agressor”, resumiu.

Poucas horas depois, ao tentar entrar na própria casa, sem escolta policial, Vanessa foi atingida no coração por três facadas desferidas por Caio Nascimento. O pedido de medida protetiva, mais uma vez, não adiantou para nada.

Vanessa foi morta a facadas, dentro de casa, pelo ex-noivo, na última quarta-feira (12), horas após ir à Deam, onde registrou um boletim de ocorrência contra o autor.

O Midiamax solicitou uma nota ao Governo do Estado sobre os procedimentos que serão adotados sobre o caso e aguarda resposta. O espaço segue aberto para manifestações.

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