Casos de violência contra mulher precisam de mais eficiência e rapidez do Estado, diz Nelsinho
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O feminicídio que vitimou a jornalista Vanessa Ricarte, de 42 anos, aponta que o ‘Estado precisa agir com mais eficiência e rapidez’. É o que defende o senador por Mato Grosso do Sul, Nelsinho Trad (PSD), sobre casos de violência contra mulheres. A profissional foi brutalmente assassinada pelo ex-noivo, Caio do Nascimento Pereira, na última quarta-feira (12).
Profissional exemplar e mulher brilhante, Vanessa chegou a registrar denúncia contra Caio. Após o registro, foi buscar os pertences na casa do agressor sem escolta. O atendimento prestado à vítima, em momento de fragilidade, é alvo de questionamentos de parlamentares de MS.
“A impunidade não pode continuar. Nossa missão é garantir segurança para as mulheres e impedir que novas vítimas percam suas vidas por falhas no sistema”, afirma Nelsinho. O senador destaca que um “feminicídio não pode ser apenas um número”.
Lembra que a vítima do ex-noivo procurou os órgãos competentes. “Vanessa pediu ajuda, a Justiça concedeu a medida, mas ainda assim ela foi assassinada. Isso mostra que o atual sistema precisa ser aprimorado para garantir que a proteção seja eficaz e imediata”, pontua o parlamentar.
“Violência contra a mulher não pode ser normalizada”, ressalta Nelsinho. Com dois projetos em defesa das mulheres, o senador afirma que as políticas de amparo precisam melhorar.
“Já apresentei um projeto para impedir que servidores agressores continuem recebendo salário, mas está claro que precisamos ir além. A proteção à mulher precisa ser mais eficaz”, diz.
Por fim, Nelsinho pontua que “não podemos aceitar que casos como esse se repitam. Precisamos fazer mais para proteger nossas mulheres”.
Sobre o caso
Vanessa era servidora pública no MPT-MS (Ministério Público do Trabalho de Mato Grosso do Sul), mas antes trabalhava na assessoria da Emha (Agência Municipal de Habitação de Campo Grande).
Antes de matar a facadas a jornalista Vanessa Ricarte, o músico Caio do Nascimento Pereira, preso pelo crime, fez ameaças de morte à Vanessa, que procurou a Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), para pedir por medidas protetivas.
Caio usou de disfarce temperamental para ficar sozinho com a jornalista. Quando foi buscar os pertences, o ex-noivo esboçou calma para matar a mulher.
Na delegacia, Vanessa relatou o horror que vivia com o músico. A jornalista contou que passou a morar com Caio em agosto de 2024, e que ele seria usuário de drogas – cocaína e álcool, sendo que bebia todos os dias, ficando embriagado com frequência. Ainda segundo ela, quando ele ficava embriagado, tornava a convivência deles um terror.
O músico ficava agressivo, andava com o carro em alta velocidade, colocando a jornalista e terceiros em perigo.