Após a repercussão do vídeo publicado pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), a deputada Camila Jara nega que tenha confessado uma agressão, como aponta o colega parlamentar em publicação no Instagram, após o empurra-empurra na Câmara Federal.
Em nota, a parlamentar explica que a gravação do vídeo aconteceu na Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul), durante o evento do PNE (Plano Nacional de Educação) — que contou, inclusive, com a presença da deputada federal Tabata Amaral (PSD-SP).
“Na gravação, Camila conversa de forma descontraída sobre um conselho que ouvia da mãe na infância — de não bater nos colegas, mesmo quando discordasse — e que leva como princípio. A pergunta ‘como está Camila?’ referia-se ao seu estado de saúde após o tratamento contra o câncer de tireoide”, traz o texto.
Confira:
‘Narrativa falsa’
Assim, a deputada alega que Nikolas tenta construir uma narrativa falsa e utiliza uma “máquina de ataques e ódio da extrema-direita”. Em entrevista na manhã desta sexta-feira (8), a deputada chegou a comentar sobre a reação ao vídeo.
“Eles querem inviabilizar até as nossas brincadeiras. Tipo, a mamãe ensina que a gente não pode bater no coleguinha na Câmara. Às vezes dá vontade? Dá vontade, mas não vamos bater nos coleguinhas, tá bom?”, opinou.
Além disso, ela contou que os deputados do PL formaram uma barreira na Mesa Diretora da Câmara e impediam outros parlamentares de ter acesso ao local. Camila foi a única que conseguiu furar a barreira, após ter que passar por baixo das pernas do deputado Zé Trovão (PL-SC).
Os parlamentares ocuparam a Mesa Diretora em protesto contra a decisão do Ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, de decretar a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A ideia era ‘travar’ o Congresso Federal.

Empurra-empurra
Para Camila, o empurra-empurra, a tentativa dos deputados do PL de cercear os demais colegas e a animosidade do local acabaram gerando a confusão.
“Quando alguém me empurra, eu reajo; não consigo ficar parada e aceitar ser empurrada. E, nesse momento, a hora que o Hugo levanta, o Nikolas cai. Eu não consigo, nem posso dar um empurrão no qual o Nikolas cairia, porque eu estou lesionada nesse ombro por causa da cirurgia; eu tô com problema no nervo; eu tô impossibilitada”, defende.
A parlamentar passou por duas cirurgias para retirada completa da tireoide e de 24 linfonodos. No momento, prepara-se para a etapa de iodoterapia.
“A recuperação tem apresentado desafios: a cirurgia afetou um nervo no pescoço, limitando a mobilidade do ombro e do braço direito, justamente o braço que esbarrou em Nikolas no jogo de corpo durante o empurra-empurra. A fisioterapia tem ajudado, mas a deputada ainda não consegue erguer completamente o braço sem tremores”, diz a nota.
Camila: ‘Levanta e para de fazer drama’
Assim, Nikolas acusa Camila de dar um soco em duas partes íntimas e que isso justifica a queda. A deputada ainda detalha os momentos posteriores ao acontecido, já com a atenção do presidente da Mesa, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB).
“Ele me acusou de dar um soco. Ele disse ‘Ela me deu um soco’, e eu falei ‘Eu não dei um soco; para dar um soco precisa ser de mão fechada; levanta e para de fazer drama’. Aí eu falei para o Hugo: ‘Ele está dissimulando’. E o Hugo disse: ‘Camila, calma, depois a gente conversa’”, relata a parlamentar.
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