O deputado federal Dagoberto Nogueira (PSDB-MS) afirmou que o “brasileiro não admite ser mandado por alguém de fora” e que o país não precisa “baixar as calças” para o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, após a sanção do tarifaço de 50% contra as importações brasileiras.
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O parlamentar também aponta que Trump pode ser presidente da maior economia, mas não é “dono do mundo”, relembrando que o Brasil pode procurar outros mercados para escoar a produção.
“Se eles não querem comprar o nosso aço, o nosso alumínio, as nossas frutas, vamos vender para outro país. Nós compramos muito mais deles do que eles de nós, então, o Brasil não tem que estar aí baixando as calças. Nosso atual presidente está certinho de enfrentar, de peitar, e vamos atrás de outros países que possam fazer comércio conosco”, defende o deputado federal.
Dagoberto Nogueira relembra que os Estados Unidos não são o principal parceiro comercial do Brasil. A China lidera a balança comercial.
“Nós temos que estreitar um pouco mais [a economia] com os países europeus, com os países asiáticos, e largar esse Trump. Esse cara, Deus me livre, mexer com o homem que tem essa formação, que tem esse tipo de conduta, é melhor ficar muito longe dele”, reforça.
O parlamentar sul-mato-grossense acredita que o Brasil pode abrir negociações para novos mercados e continuar crescendo. O Executivo e Legislativa tentaram negociar ao longo de julho com a Casa Branca, mas não tiveram retorno. A mensagem foi que as conversas poderiam ocorrer após o início da taxação.
Uma delegação de senadores – incluindo Tereza Cristina (PP-MS) e Nelsinho Trad (PSD-MS) – viajou ao país norte-americano para tentar articular uma negociação entre os dois países.
“Todos os esforços foram feitos para poder ter uma coisa amigável, como uma pessoa humana, como uma pessoa inteligente, mas ele [Trump] não é assim. Então, nós também temos que partir para outra. Não dá para ficar ‘o Trump vai acabar com o país’. Acaba nada”, destaca.
Taxação para MS
Decreto assinado nesta quarta-feira (30) pelo presidente dos Estados Unidos, confirmando aplicação de tarifa de 50% a produtos importados do Brasil, trouxe algumas exceções. Dois dos três produtos são os mais vendidos por Mato Grosso do Sul aos norte-americanos.
Conforme o texto do documento oficial divulgado pela Casa Branca, celulose e ferro-gusa não terão a taxação adicional de 40% — que se soma aos 10% já aplicados – a partir de 6 de agosto.
Em volume financeiro, celulose e ferro-gusa só ficam atrás da carne bovina em total exportado por MS aos Estados Unidos em 2024.
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