A bancada do Partido Liberal (PL) na Câmara Municipal se manifestou nesta terça-feira (25) sobre o julgamento do ex-presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (PL), no STF (Supremo Tribunal Federal). Para os vereadores da sigla, julgamento é ‘perseguição política’ contra ex-chefe do Executivo do país.
Bolsonaro e sete aliados são acusados de tentativa de golpe de Estado e podem se tornar réus na ação. Para os vereadores do PL, o processo representa uma perseguição e um ataque à democracia.
Ao Midiamax, o vereador Rafael Tavares (PL) afirmou que o julgamento já estaria decidido e que Bolsonaro enfrenta um cenário de condenação predeterminada.
“O que nós estamos acompanhando, na verdade, é uma perseguição completa ao Jair Bolsonaro. Foram várias tentativas de fazer um julgamento justo, porém, o que estamos percebendo é que o STF já condenou o Jair Bolsonaro. É apenas uma formalidade do que vai acontecer hoje. Infelizmente, a direita e a democracia estão sendo atacadas. Ele está sendo condenado por uma reunião com embaixadores, enquanto temos um ex-condenado, julgado e sentenciado em três instâncias, presidindo o nosso país. É lamentável o que está acontecendo”, declarou.
Já o vereador André Salineiro (PL) classificou o julgamento como um “circo político” e questionou os fundamentos da acusação contra o ex-presidente.
“É um julgamento de circo, meramente político. Quais crimes Bolsonaro cometeu? Por que ele está sendo julgado? O STF está conduzindo o caso e já sabemos que a denúncia foi recebida, o que provavelmente levará à condenação. Quem vai julgá-lo depois? Existe alguma instância superior ao STF? Não tem, então ele será condenado, infelizmente. Esse é o problema do Brasil. O atual presidente foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Bolsonaro está sendo condenado por quê? Por essa celeuma que vivemos hoje. Não tenho o que dizer, realmente é um julgamento político, porque o resultado já está definido. Mas a resposta virá da população. Se Bolsonaro for condenado, a população vai se revoltar ainda mais contra o sistema”, afirmou.
A vereadora Ana Portela (PL) não estava presente na sessão desta terça-feira (25).
O julgamento no STF marca um momento crucial na política brasileira e pode ter impacto significativo no cenário eleitoral futuro. A defesa do ex-presidente nega as acusações e alega que não há provas concretas contra Bolsonaro.
Julgamento
O STF (Supremo Tribunal Federal) começa a julgar, nesta terça-feira (25) se o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete denunciados pela trama golpista vão se tornar réus na ação.
O caso será julgado pela Primeira Turma da Corte, colegiado formado por cinco dos 11 ministros que compõem o tribunal. Se o ex-presidente e seus aliados se tornarem réus, eles vão responder a uma ação penal, que poderá terminar com a condenação ou absolvição das acusações.
O Supremo vai decidir se recebe a denúncia apresentada em fevereiro deste ano pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet, contra o chamado núcleo crucial, formado por oito dos 34 denunciados no caso. O Núcleo 1 é composto pelos seguintes acusados:
- Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
- Walter Braga Netto, general de Exército, ex-ministro e vice de Bolsonaro na chapa das eleições de 2022;
- General Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
- Alexandre Ramagem, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência – Abin;
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça e ex-secretário de segurança do Distrito Federal;
- Almir Garnier, ex-comandante da Marinha;
- Paulo Sérgio Nogueira, general do Exército e ex-ministro da Defesa;
- Mauro Cid, delator e ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
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