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Política

Após pedirem para deixar Deam, delegadas serão mantidas até fim de inquérito, diz Governo

Duas delegadas pediram para deixar a Deam após repercussão do atendimento prestado à Vanessa, morta a facadas pelo noivo
Mariane Chianezi, Thalya Godoy -
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Eduardo Riedel (PSDB) | (Nathalia Alcântara, Midiamax)

O governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), disse nesta segunda-feira (24) que as delegadas da Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher) permanecem no cargo até a conclusão do inquérito do feminicídio da jornalista Vanessa Ricarte. As duas delegadas que atenderam a vítima horas antes do feminicídio pediram para deixar a unidade após a repercussão do atendimento prestado à Vanessa, morta pelo noivo a facadas.

Durante agenda pública nesta segunda-feira, o chefe do Executivo estadual disse que o inquérito deve ser concluído nesta semana e enquanto isso não ocorre, as delegadas seguem atendendo na unidade de atendimento às vítimas de violência. Riedel afirma que qualquer decisão tomada antes do fim das investigações poderá ser ‘injusta’.

“A gente tem que ter apuração, definição e aí tomada de decisão. Eu acho que essa semana a gente já tem esse concluso, essa parte do inquérito, para tomar essa decisão. Esse é o primeiro ponto. As ações, não adianta achar que amanhã a gente vai virar a chave e vai mudar 100% da Casa da Mulher Brasileira ou dos equipamentos. A gente tem que mirar uma mudança estrutural dentro da Casa”, disse.

Riedel diz que tem conversado com a prefeita Adriane Lopes (PP) para aprimorar desde a acolhida, a recepção, a estrutura física e tecnologia na Casa da Mulher.

“Nós temos um laudo que foi preenchido à mão. Não cabe mais isso hoje. Porque, claro, não tem um sistema […] para isso nós vamos conversar com quem quer que seja para poder mudar o que precisa ser mudado. Aí é nessa linha que o vice-governador Barbosinha está atuando que os resultados vão aparecer com a implementação dessa reestruturação e dessa reformulação”, afirma.

Delegadas pediram para deixar Deam

Conforme apurado pelo Midiamax na última semana, o secretário da Sejusp-MS (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública de Mato Grosso do Sul), Carlos Videira — após reunião a ministra da Mulher, Cida Gonçalves, e a delegada Riccelly Maria Albuquerque Donhas, que registrou o boletim de ocorrência feito por Vanessa horas antes da morte —, confirmou que a delegada pediu para sair da unidade após a repercussão dos áudios da vítima.

Em áudios gravados pela jornalista Vanessa Ricarte antes de morrer, uma delegada teria dito para ela mesma ligar para Caio, pedindo que ele deixasse a sua residência. Trata-se de Lucélia Constantino, também em estágio probatório, que teria feito o atendimento à Vanessa quando ela foi buscar a medida protetiva expedida pela Justiça naquela tarde.

Mas ao chegar em casa, apenas com um amigo e sem a polícia, Vanessa foi morta com três facadas por Caio Nascimento. Em entrevista coletiva, a delegada titular da Deam, Elaine Benicasa, disse para toda imprensa campo-grandense que teria oferecido escolta, mas a jornalista teria ‘rejeitado’.

Benicasa colocou o cargo à disposição após conversa com o DGPC (Delegado Geral da Polícia Civil de MS), Lupércio Degerone. O Jornal Midiamax tentou contato com as três delegadas, mas apenas Riccelly Donhas atendeu. Ela informou que não se manifestaria sobre o caso.

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