Após o governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), declarar apoio à anistia aos réus do 8 de janeiro, o Deputado Federal Vander Loubet (PT) defendeu o debate sobre a permanência do PT no governo estadual.
“Diante da atual conjuntura, é essencial avaliar cuidadosamente nossa permanência no governo estadual. A permanência ou saída do PT do governo Riedel deve ser fruto de um debate profundo, que leve em conta os impactos políticos e sociais dessa decisão. E aquilo que o PT-MS decidir será respeitado e seguido por mim”, diz Vander.
O parlamentar cita que há petistas envolvidos diretamente na gestão estadual e que parte dos psdbistas no Congresso Nacional tem votado de forma favorável ao governo Lula.
“Somos contrários à anistia e temos divergências com o governador Riedel quanto a isso. Foi a conjuntura de extremismos que nos levou a apoiar Riedel desde a sua campanha no segundo turno de 2022. E nossa entrada em seu governo foi fundamentada no diálogo e na coletividade no PT, valores que continuam a guiar nossa atuação”, relembra o parlamentar.
Entretanto, Vander salienta que essa conexão exige uma interlocução estratégica e responsável, tanto em Mato Grosso do Sul quanto junto ao Governo Federal.
A deputada estadual Gleice Jane (PT) criticou o apoio de Riedel ao PL (Projeto de Lei) que visa anistiar os envolvidos na trama golpista de 8 de janeiro. Em postagem nas redes sociais, a parlamentar defendeu que o partido se retire da base de apoio ao Governo do Estado na Alems (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul).
Defesa à anistia
Riedel foi às redes sociais se posicionar a favor da aprovação de anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, com uma “revisão da dosimetria de penalizações”. Com fotos ao lado da senadora Tereza Cristina (PP-MS) e do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), classificou como necessário o perdão, “que em muitos casos também tem caráter humanitário”.
O governador disse que tem conversado com lideranças nacionais sobre o assunto e declarou que é “obrigação” do Congresso Nacional votar o projeto sobre a anistia – que sofre pressão do PL para ser pautado na Câmara dos Deputados.
“Do meu ponto de vista, não dá para julgar e penalizar com a mesma régua o que é completamente diferente! Do ponto de vista político, acredito que o Congresso Nacional tem obrigação de votar a matéria, considerando-a inclusive como um passo imprescindível para a pacificação do país. Não dá pra errar de novo e no mesmo lugar: tentar reparar eventuais excessos cometidos naquele momento com excessos do atual momento”, afirmou o governador.
Atos golpistas
Uma semana após a posse do presidente Lula (PT), a praça dos Três Poderes, em Brasília, foi invadida e depredada por manifestantes contrários ao resultado do processo eleitoral. O ex-presidente Jair Bolsonaro e outros sete viraram réus acusados de tramar o golpe de Estado.
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