A intenção da prefeita Adriane Lopes (PP) em extinguir a Sectur (Secretária Municipal de Cultura e Turismo) e alocá-la na Semed (Secretaria Municipal de Educação) não agradou o setor cultural e nem vereadores de Campo Grande. A sessão ordinária, da última quinta-feira (5), foi marcada por críticas de alguns parlamentares.
O presidente da Comissão Permanente de Cultura, o vereador Ronilço Guerreiro (PODE), apontou que a cultura precisa de autonomia.
“Eu lamento que nós não tenhamos mais na Prefeitura Municipal um espaço para promovermos cultura em Campo Grande. Além de trabalhar a economia do município, trabalha o melhor que temos no município, as pessoas. Nós iremos apresentar uma emenda nessa Casa dizendo que já que não tem uma Secretaria de Cultura, que possamos ter Fundação Municipal de Cultura”, prometeu Ronilço.
A vereadora Luiza Ribeiro também garantiu que irá apresentar emendas ao projeto de reestruturação administrativa para manter as secretarias de Cultura e Meio Ambiente, além de transformar a Subsecretaria da Mulher em uma secretaria.
“É um equivoco tirar a Secretaria de Cultura, é quase dizer que não vai ter cultura na cidade, não podemos admitir isso”, pontuou a vereadora.
O Fórum de Cultura de Campo Grande convocou uma sessão extraordinária, para esta sexta-feira (6), para debater o assunto e a suspensão de dois editais de fomento à cultura.
Reforma administrativa
A Casa de Leis recebeu, nesta semana, um projeto de lei que trata de uma reforma administrativa na Prefeitura de Campo Grande.
Entre os principais pontos do texto estão a criação de algumas secretárias, como a da Casa Civil e Articulação Regional.
A justificativa é que a reformulação será absorvida pela estrutura atual, com transformação de cargos sem aumento de gastos.
No texto, Adriane pontua ‘novos mecanismos na gestão’ para reduzir o peso da máquina administrativa e implantar novo modelo de gerenciamento, visando concretização das propostas da gestão apresentadas pelo programa de Governo nas eleições.
O que vai mudar?
O texto traz a seguinte proposta de estrutura da administração direta:
I – Secretaria de Governo e Relações Instrucionais;
II – Secretaria Especial da Casa Civil
III – Secretaria Especial de Planejamento e Parcerias Estratégicas.
IV-Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social:
V-Secretaria Especial de Licitações e Contratos;
VI Secretaria Especial de Articulação Regional;
VII- Secretaria Municipal da Fazenda;
VIII- Secretaria Municipal de Administração e Inovação;
IX – Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos;
X – Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico, Turismo, Meio Ambiente e Fiscalização Urbana;
XI-Secretaria Municipal de Educação e Cultura;
XII-Secretaria Municipal de Saúde;
XIII- Secretaria Municipal de Assistência Social, Mulher e Cidadania;
XIV – Procuradoria-Geral do Município;
XV – Controladoria-Geral do Município.
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