Vereadores apontam irregularidades e reprovam contas do prefeito de Coronel Sapucaia

Parecer da comissão de Finanças era de reprovação das contas de Rudi Paetzold

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Prefeito de Coronel Sapucaia, Rudi Paetzold | (divulgação)

Os vereadores de Coronel Sapucaia reprovaram as contas do prefeito do município, Rudi Paetzold (MDB). Eles apontaram irregularidades e seguiram parecer da Comissão de Finanças, Orçamento e Contabilidade.

O grupo da Câmara apontou que houve falta de comprometimento do prefeito com as orientações do TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul). Além disso, o documento da Comissão identificou irregularidades que “comprometem a transparência e eficiência na gestão pública, além do desrespeito às normas constitucionais e legais de responsabilidade fiscal”.

As contas são referentes ao exercício financeiro de 2019. O prefeito deixa a gestão do município em janeiro de 2025, quando a prefeita eleita e atual vereadora da cidade, Niágara Kraievski (PP), assume a cadeira de mandatária do Executivo.

Investigado

Em março de 2024, o prefeito de Coronel Sapucaia, Rudi Paetzold (MDB), e o ex-secretário de finanças, Ivan Adriano Vermohlen Vilhalva, foram condenados por atos de improbidade. A denúncia implica no cancelamento de empenhos na ordem de R$ 3,5 milhões no último mês de mandato do prefeito, em dezembro de 2012.

A denúncia foi feita em agosto de 2015, apontando irregularidades na gestão de Rudi. O então prefeito, reeleito em 2020, teria efetuado várias despesas, liquidadas e não liquidadas, mas sem condição de pagar no exercício financeiro de 2012.

Foi instaurado o inquérito identificando que, no último mês do mandato, em dezembro de 2012, ele teria cancelado R$ 3,5 milhões em empenhos. “Conforme documentação apresentada ao Ministério Público, dentre os empenhos cancelados, ao menos seis mostraram-se absolutamente irregulares, haja vista que se tratavam de despesas já liquidadas”, diz trecho da denúncia.

O então secretário de finanças confirmou que era responsável por receber as notas fiscais do setor de compras e determinar o pagamento. Na fase de interrogatórios, os réus alegaram denúncia política.