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Política

Tanque Cheio: PF apreendeu documentos na casa e posto de prefeito de MS após denúncia de compra de votos

Ao todo, três endereços foram alvo das buscas e apreensões da Polícia Federal em MS
Thalya Godoy, Thatiana Melo -
operação
Operação aconteceu em município que elegeu Munir Sadeq Ramunieh (PSDB) com 58% dos votos. (Reprodução)

A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em dois endereços ligados ao novo prefeito eleito de , Munir Sadeq Ramunieh (), na manhã desta quarta-feira (11). A informação foi confirmada ao Jornal Midiamax pelo , Maarouf Fahd Maarouf. 

De acordo com a Polícia Federal, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão nos municípios de e Ladário. Durante o cumprimento, as autoridades apreenderam mídias com conteúdo digital, documentos e objetos relevantes ao inquérito policial.

Esses materiais serão submetidos a análises periciais para aprofundar as investigações e identificar outros integrantes da rede criminosa.

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Segundo a defesa do político, a Operação Tanque Cheio ocorreu após o MPMS (Ministério Público de ) receber uma denúncia de venda de votos nas eleições de 2024 em troca de abastecimento com combustível. 

Munir não foi levado à delegacia e teria entregue aos policiais os documentos sobre a movimentação dos abastecimentos nos dias e horários informados na denúncia. A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão no posto de combustível e na casa de Munir. 

“Uma denúncia eleitoral de um terceiro, de cunho eleitoral de uma oposição, a gente sabe quem é o denunciante, alegando isso e agora a polícia está investigando […] foi uma denúncia, a polícia fez o trabalho dele. ‘Seu Munir, foi feita uma denúncia. Tal dia e tal horário houve isso e isso. O senhor pode provar que não houve?’”, explicou o advogado. 

Munir foi eleito com 58% dos votos nas eleições em outubro passado e deve assumir o mandato em 1º de janeiro de 2025. 

Tráfico humano e réu por corrupção

Munir Sadeq Ramunieh já foi preso por tráfico de pessoas, segundo o MPF (Ministério Público Federal) em processo que corre na Justiça Federal. Uma IPEI (Informação de Pesquisa e Investigação) aponta Munir como investigado em outras ocasiões pela prática de tráfico e exploração da prostituição.

O tucano é citado em representação pela expedição de mandado de busca e apreensão, além de decretação de prisão temporária. Na situação, foi investigado “desvio de conduta de alguns servidores da Receita Federal lotados na inspetoria de Corumbá”.

Os servidores foram investigados por facilitar o contrabando com recebimento de propina, paga por empresas e despachantes. Nos documentos, Munir é apontado como fornecedor da parte logística de empreendimentos.

“Já foi preso em São Paulo/SP pela prática de tráfico ilícito de entorpecente, bem como pela prática de tráfico internacional de pessoas e exploração da prostituição”, afirma o documento.

Em 2016, o Ministério Público Federal em Corumbá denunciou Munir e outras 31 pessoas por participação num esquema de importações e exportações ilegais de produtos através da fronteira do Brasil com a Bolívia. O prejuízo aos cofres públicos, em tributos sonegados, segundo o MPF, supera R$ 600 milhões.

A trama foi descoberta por meio da Vulcano, operação da Polícia Federal, deflagrada em novembro de 2008, e era praticada nas cidades de Corumbá (MS) e de Cáceres (MT) e contou com a participação de empresários, despachantes aduaneiros, operadores financeiros e servidores da Receita Federal.

Um ano antes, em 2015, Munir teve R$ 34.929 em bens bloqueados após decisão judicial. O ex-vereador do município foi acusado de enriquecimento ilícito. Na época, o MPMS denunciou os parlamentares e ex-vereadores por improbidade administrativa por suposto esquema de viagens inventadas para recebimento de diárias em quase R$ 500 mil distribuídos entre eles.

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