MPMS obtém busca e apreensão em investigação de compra de votos em Iguatemi
Candidato a vereador foi alvo de operação da Polícia Federal nesta semana
Mariane Chianezi –
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O MPMS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) obteve judicialmente uma busca e apreensão, realizada pela Polícia Federal nesta quarta-feira (4), após investigação criminal eleitoral em andamento na Promotoria Eleitoral da 25ª Zona Eleitoral. Conforme apurado pelo Jornal Midiamax, o candidato Clevson dos Santos Gomes concorreu pelo PP e teria sido alvo da operação no município. Ele teve menos de 200 votos.
Conforme o Promotor de Justiça Fábio Adalberto Cardoso de Morais, que atua no caso, o MPMS recebeu uma denúncia informando que, em setembro, várias pessoas aguardavam em um posto de combustíveis de Iguatemi para assinar notas referentes ao abastecimento de seus veículos, mas em nome e às custas de um candidato a vereador naquele município.
Consta das investigações que mais de 50 pessoas teriam abastecido seus veículos assinando notas em nome do candidato, sem que este informasse às autoridades competentes sobre quaisquer eventuais carreatas ou doações de combustível.
Tais fatos caracterizariam o delito de compra de votos, conforme o art. 299 do Código Eleitoral: “Dar, oferecer, prometer, solicitar ou receber, para si ou para outrem, dinheiro, dádiva, ou qualquer outra vantagem, para obter ou dar voto e para conseguir ou prometer abstenção, ainda que a oferta não seja aceita”. Este tipo de crime prevê reclusão de até quatro anos e pagamento de cinco a quinze dias-multa.
O pedido de busca e apreensão foi deferido pelo 11º Juízo de Garantias do Núcleo VI, da 52ª Zona Eleitoral de Ponta Porã com base nos elementos apresentados pelo Ministério Público.
A operação ocorreu na residência e nos endereços comerciais do então candidato. Foram apreendidos 62 mil reais em espécie, dois celulares e uma pistola legalizada.
Investigação
Alvo de operação da PF (Polícia Federal) contra compra de votos nesta quarta-feira (4), candidato teria oferecido combustível para eleitores de Iguatemi. Contudo, não alcançou nem 200 votos para o cargo de vereador do município, a 456 quilômetros de Campo Grande.
Conforme apurado pelo Jornal Midiamax, o candidato Clevson dos Santos Gomes concorreu pelo PP e teria sido alvo da operação no município. O pleito de 2024 foi a primeira tentativa do candidato, que declarou ser comerciante à Justiça Eleitoral.
Além disso, informou que possui R$ 849.173,37 em bens. O candidato conquistou 187 votos e não foi eleito para vereador da cidade. Também não alcançou vaga de suplente, já que o partido não elegeu candidatos em Iguatemi.
A operação teria cumprido mandado em loja de compra e vendas de automóveis, divulgada em perfil das redes sociais do candidato.
Ao Jornal Midiamax, o advogado de defesa do candidato, Higo Ferré, informou que o cliente recebeu o autoridade policial, “tendo, inclusive, franqueado todas as informações necessárias. “Permanece distenso, pois afirma não ter praticado qualquer ilicitude”, diz a defesa.
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