Mães atípicas protestam na Alems após fala de deputado: ‘Não somos marionetes’
Deputado afirmou que manifestação de mães foi ato eleitoreiro, mas moradoras debatem e dizem que movimento é legítimo
Mariane Chianezi, Beatriz Magalhães –
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Após protestarem na Câmara Municipal, as mães de crianças PCDs de Campo Grande protestaram na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul nesta quarta-feira (23) após fala do deputado estadual Lídio Lopes. O parlamentar disse em sessão de terça-feira (23) que por trás das manifestações das moradoras há viés político.
Na última semana, em visita de Michelle Bolsonaro (PL) a Campo Grande, mães compareceram para manifestar. O deputado afirmou no plenário que protesto é eleitoreiro e tem relação com adversária de Adriane Lopes (PP), que concorre à prefeitura.
“As pessoas precisam entender nos bastidores o que acontece. Tinha um servidor na Sesau que foi oferecido a ele mudar de setor, ele não aceitou, para mudar para ele ter um cargo melhor, não aceitou. Aí tem jabuti nessa história. [Após a demissão] uma servidora abriu a gaveta de processos judiciais que ele não fez andar. No outro dia, esse servidor estava no comitê da candidata adversária de Adriane”, disse. O deputado ainda afirmou que, durante monitoramento de equipe, notou que em celular de uma das mães, o servidor demitido aparecia em chamada de vídeo. “Manda subir e descer os cartazes”, afirmou Lídio.
Ao Midiamax, Elizângela Silva de Souza, mãe de duas crianças que precisam de dieta especial, criticou a fala do deputado e disse que movimento das mães atípicas é legítimo.
“Hoje a gente veio aqui hoje por conta do deputado estadual Lídio Lopes que falou que o nosso movimento é eleitoreiro, de que tinha uma pessoa com a gente na agenda da Michelle Bolsonaro […] que essa pessoa estava nos manipulando lá de fora. Isso é uma mentira. Nós não somos marionetes, nós não somos compradas, nós só queremos o que é direito dos nossos filhos”, afirmou a moradora.
Lídio ainda disse que houve um problema apenas quanto ao sabor das dietas fornecidas, mas que empresa licitada estaria providenciando solução. No entanto, mães dizem que o problema decorre há mais tempo. “Eles dizem que chega de forma gradativa, mas não chega gradativa e nem pra um ano. Eles disseram que estava regularizado por um ano”, afirmou.
Desentendimento
Na semana passada, a prefeitura de Campo Grande divulgou a entrega de lotes de insumos básicos e disse ter normalizado o fornecimento. Porém, em protesto, as mães contestam as informações e afirmam que continuam sem receber periodicamente.
Lilidaiane Rivaldo, mãe do Miguel 8 anos, que tem espinha bífida e autismo, afirma que a última retirada completa foi 3 agosto de 2023. Na semana passada, ela afirma que retirou insumos para 15 dias apenas.
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