Lula trata de questão indígena e Alckmin participa de inauguração de fábrica em MS nesta semana

A agenda é confirmada pelos deputados de MS que integram pela base aliada do presidente no Congresso

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Presidente Lula e vice-presidente, Alckmin | (Marcelo Camargo, Agência Brasil)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), virão a Mato Grosso do Sul nesta semana para cumprir agendas. Lula terá compromisso em Antônio João, enquanto Alckmin estará em Ribas do Rio Pardo.

Prevista para novembro, a visita de Lula foi adiada para 4 de dezembro. A informação é confirmada por deputados federais por MS que integram a base do presidente no Congresso Nacional.

Ao Jornal Midiamax, o deputado Vander Loubet (PT) disse que Lula deve visitar apenas Antônio João. Na cidade, o presidente da República irá oficializar demarcação de terra indígena.

A agenda de Lula está prevista inicialmente para a quarta-feira (4). No dia seguinte, quinta-feira (5), haverá a inauguração de uma fábrica da Suzano em Ribas do Rio Pardo. Apesar da suspeita da participação de Lula no evento, não há confirmação. Conforme o deputado, quem deve comparecer em Ribas é o vice-presidente Alckmin.

O Planalto ainda não confirmou a data. Por questões de segurança, informa agenda de Lula apenas 48h antes. Há possibilidade também de que a oficialização ocorra na quinta-feira (5). Vale lembrar que Lula já visitou MS em outras duas oportunidades neste ano.

Lula visita Antônio João

A vinda ao Estado ocorre dois meses após a audiência de conciliação realizada no STF (Superior Tribunal Federal), em 25 de setembro, para buscar uma solução para o conflito agrário. Disputas na região entre indígenas e fazendeiros levou a morte do indígena Neri da Silva, aos 23 anos. A expectativa é que o presidente reforce o compromisso com a pacificação e a justiça social no Estado.

Audiência no STF (Supremo Tribunal Federal) terminou com acordo para pagamento de R$ 144,8 milhões a proprietários rurais de Antônio João.

O conflito entre policiais militares e indígenas, que terminou com a morte de Neri Guarani Kaiowá, marcou a região. Assim, a audiência realizada pelo ministro Gilmar Mendes, do STF, definiu os termos.

Ainda segundo o acordo, a União deve pagar aos proprietários o valor de R$ 27,8 milhões. Esse valor é referente às benfeitorias apontadas em avaliação feita pela Funai em 2005, corrigidas pela inflação e a Taxa Selic.

Outros R$ 101 milhões pagos pela União são referentes à indenização pela terra nua. Já o Estado de Mato Grosso do Sul ficou responsável pelo pagamento de R$ 16 milhões aos proprietários.

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