Justiça nega tentativa de candidato do PSDB de tirar notícia do ar e censurar Midiamax

Juiz confirmou veracidade de matéria jornalística do Midiamax

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Candidato do PSDB, Munir Sadeq Ramunieh. (Reprodução)

A Justiça Eleitoral negou a liminar do candidato do PSDB à prefeitura de Ladário, Munir Sadeq Ramunieh, em tentar censurar matéria do Jornal Midiamax que noticiou que o político já foi preso por tráfico de pessoas e responde por corrupção ativa.

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A decisão é da juíza eleitoral da 50ª Zona Eleitoral De Corumbá, Luiza Vieira Sá de Figueiredo, desta sexta-feira (27). A magistrada apontou que a matéria não apresentava fake news ou ofensa direta à honra e à imagem do candidato.

“É importante destacar que a matéria jornalística do veículo Midiamax esclarece que as informações foram extraídas de denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal em processo em trâmite na Justiça Federal. Em momento algum do texto são apresentadas informações que indicam cabalmente o envolvimento do candidato Munir Sadeq Ramunieh com os crimes apontados ou qualquer assunção de culpa ou ainda condenação. Não se pode afirmar, tampouco, que há manipulação das informações, porquanto possuem embasamento em processo judicial e investigação real”, destacou. 

A juíza também reforçou que o Jornal Midiamax acionou o tucano para que se manifestasse sobre o assunto, mas que até o momento se manteve em silêncio. 

“Feitas tais considerações, não é possível afirmar, neste juízo sumário de cognição, a existência de conduta que justifique reprimenda na esfera eleitoral”, considerou. 

Entenda o caso

Candidato do PSDB à Prefeitura de Ladário, Munir Sadeq Ramunieh já foi preso por tráfico de pessoas e responde processo por corrupção ativa. É o que aponta o MPF (Ministério Público Federal) em processo que corre na Justiça Federal.

Uma IPEI (Informação de Pesquisa e Investigação) aponta Munir como investigado em outras ocasiões pela prática de tráfico e exploração da prostituição.

O candidato é citado em representação pela expedição de mandado de busca e apreensão, além de decretação de prisão temporária. Na situação, foi investigado “desvio de conduta de alguns servidores da Receita Federal lotados na inspetoria de Corumbá”.

Os servidores são investigados por facilitar o contrabando com recebimento de propina, paga por empresas e despachantes. Nos documentos, Munir é apontado como fornecedor da parte logística de empreendimentos.

“Já foi preso em São Paulo/SP pela prática de tráfico ilícito de entorpecente, bem como pela prática de tráfico internacional de pessoas e exploração da prostituição”, afirma o documento.

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