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Política

Deputados federais de MS comentam indiciamento de Bolsonaro e outras 36 pessoas

Dois coronéis de MS estão entre os indiciados
Dândara Genelhú -
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deputados federais ms bancada
Deputados federais por MS. (Reprodução, Câmara dos Deputados)

Os deputados federais de Mato Grosso do Sul comentaram o indiciamento de Jair Bolsonaro pela PF (Polícia Federal) por tentativa de Golpe de Estado no Brasil. Além do ex-presidente, dois coronéis militares de Mato Grosso do Sul e outras 34 pessoas estão entre os indiciados desta quinta-feira (21).

O deputado federal Marcos Pollon (PL), classificou a decisão da PF como “perseguição injusta, cruel e com más intenções”. “Aqueles que deveriam priorizar a justiça acima de tudo estão inclinados ao oposto, tentando destruir Jair Bolsonaro”, afirmou.

Além disso, destacou que conhece Bolsonaro. “Eu conheço o Presidente, conheço sua conduta e o seu caráter! Um homem que dedicou tudo de si — e digo tudo porque a cena em Juiz de Fora (MG) prova isso”, disse.

O deputado federal Vander Loubet (PT) comentou sobre as investigações. “Não era apenas o plano de crime de Golpe do Estado, era pior: um plano de homicídio contra o presidente Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin – eleitos democraticamente – além do sequestro e assassinato do ministro Alexandre de Moraes, do STF”, afirmou.

Para a deputada federal Camila Jara (PT), as “revelações não são apenas chocantes, são uma afronta direta à democracia brasileira. É inaceitável que alguém que jurou respeitar a Constituição tenha orquestrado manobras para destruí-la”.

A parlamentar disse ainda que deseja responsabilização das partes indiciadas. “Bolsonaro e seus aliados devem ser responsabilizados. A democracia não pode conviver com quem atenta contra suas bases”, pontuou nas redes sociais.

Geraldo Resende (PSDB) também comentou sobre os indiciamentos, porém sem citar nomes. “Que todos os que participaram dessa trama odiosa sejam alcançados pela justiça e paguem por atentarem contra a nossa liberdade e contra a construção de um Brasil mais justo e soberano”, afirmou.

Enquanto Rodolfo Nogueira (PL) alegou que houve perseguição política na decisão. “Nunca vimos uma perseguição politica tão absurda e tão violenta, tudo isso após a vitória de Donald Trump nos EUA e após a catástrofe que foi o G20”, disse.

Para o deputado por MS do PL, “Bolsonaro é a pedra no sapato de muita gente”. Então, finalizou afirmando que “a verdade vencerá mais essa perseguição, o Brasil sabe da sua transparência, inocência e do seu amor por essa pátria”.

Indiciados de MS

A PF (Polícia Federal) indiciou 37 pessoas por tentativa de golpe de Estado no Brasil. Entre eles, dois coronéis de Mato Grosso do Sul já envolvidos em outras investigações da PF.

O coronel Laércio Vergílio, reformado em MS, está entre os indiciados pela PF nesta quinta-feira. Em março deste ano, trechos de áudios interceptados pela Polícia Federal, apontam o militar de Campo Grande afirmando que o presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Alexandre de Moraes, deveria ser preso num domingo, “como ele faz com todo mundo”.

Laércio prestou depoimento na sede da Polícia Federal em Campo Grande, em 22 de fevereiro de 2024, nas investigações sobre os atos golpistas de 8 de janeiro, no âmbito da Operação Tempus Veriatis.

O segundo coronel indiciado nesta quinta-feira (21) é Bernardo Romão Corrêa Neto. O militar atuou em MS por um período. Ele foi um dos alvos da operação Tempus Veritatis, após os atos de 8 de janeiro de 2023.

No começo do ano, o investigado foi apontado como um dos integrantes do núcleo, já que tentou dar um suposto golpe de Estado no país e anular o resultado das eleições de 2022.

Até então, Bernardo trabalhou em Mato Grosso do Sul, quando comandou o 10º Regimento de Cavalaria Mecanizado, “Regimento Antônio João”. Enquanto estava nos Estados Unidos, se entregou às autoridades após descobrir sobre o mandado de prisão preventiva em aberto contra ele.

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