Vice-Presidente da associação do bairro Nova Campo Grande, Fábia Brites usou a tribuna da Câmara nesta terça-feira (5) para pedir apoio dos vereadores na fiscalização do frigorífico JBS que estaria ‘jogando gás de fedor’ na região.

“Nós convivemos com a podridão do bairro há mais de duas décadas. São 24 anos vivendo com um mau cheiro. Houve uma época mais crítica. No primeiro ano, a situação era terrível. Foi passando o tempo e esse cheiro foi espaçando, mas ele nunca terminou”, relata.

A moradora explica que a cada 10 dias tinha gente de diferentes regiões do bairro reclamando do fedor. “Lá por 2018, parecia inclusive que o cheiro havia parado. Aí, de vez em quando, a cada 20 dias, um mês, a gente sentia um cheirinho, mas de 20 a 25 dias pra cá abriu a porta do chiqueiro e está insuportável”, denuncia.

“Nós fizemos alguns protestos porque não tem como gravar e tirar foto de cheiro. Então, nós juntamos, fizemos um apelo à imprensa e vocês me chamaram. O Midiamax foi o que primeiro nos abriu as portas e aí depois foram outros meios de comunicação e nós tivemos a oportunidade de divulgar isso. Queremos ajuda”, relata.

Audiência pública

Zé da Farmácia disse que a comissão vai promover uma audiência pública para debater o mau cheiro no bairro. Ainda não tem data definida, mas todos os órgãos competentes serão acionados para participar.

“Percebemos que o cheiro está expandindo e quando chega o momento de jantar existe realmente o mau cheiro. Tem algo ali e que precisa ser investigado. A Comissão de Meio Ambiente vai realizar essa audiência pública”.

“Somos a favor da população. Estive no local. Deve ter um momento de descarga que não é fiscalizado, já que o cheiro não é no mesmo horário”, disse Professor André.

Alírio Vilassanti reforçou que esteve no protesto e que a Casa está cobrando os órgãos sobre o assunto.

“Não adianta chegar só asfalto e infraestrutura. O mau cheiro tem que acabar. O poder público tem que tomar providência de acabar com o mau cheiro. Fui criado na região e sei bem como é. A Casa é solidária a esses moradores”, disse Ayrton Araújo.

“É um problema que existe há uns 40 anos. Isso desvaloriza até os imóveis”, pontuou Gilmar da Cruz.

“A responsabilidade é do Poder executivo. A Semadur que dá o alvará para a indústria. É necessária uma audiência com a secretária da Semadur, que é o órgão que dá licença para as empresas funcionarem”, finalizou Luiza Ribeiro.