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Política

Câmara de Campo Grande pode tirar mandato de Claudinho Serra

Vereador do PSDB, réu por corrupção, tem até dia 12 de setembro para decidir sobre mandato
Gabriel Maymone, Thalya Godoy -
Vereador licenciado do PSDB, Claudinho Serra não exerce mandato desde que foi preso por corrupção (Divulgação, Câmara Municipal de Campo Grande)

A Câmara Municipal de pode tomar o mandato do vereador licenciado do PSDB, Claudinho Serra. Isso porque termina no dia 12 de setembro a licença não remunerada de 120 dias para ‘tratar interesses particulares’ que o parlamentar pediu – e que não pode ser renovada. O tucano é réu acusado de comandar esquema de no município de e chegou a ficar preso por 23 dias. Atualmente, está em regime domiciliar, sob monitoramento de tornozeleira eletrônica.

Conforme o presidente da Casa Legislativa, Borges (PSB), apesar do fim da licença, Claudinho ainda pode apresentar novo atestado médico. “Agora, ele não apresentando, eu vou entrar com processo por perda de mandato por falta”, declarou.

No entanto, à assessoria jurídica da Câmara, Claudinho teria informado que irá ‘tomar a decisão’ de voltar ao mandato ou renunciar somente no último dia.

Claudinho Serra e Carlão (Izaias Medeiros, Câmara de Campo Grande)

Claudinho não exerce cargo desde que foi preso em abril

Após ficar 23 dias preso – entre 3 e 26 de abril – e sair da cadeia com tornozeleira eletrônica, Claudinho Serra chegou a apresentar atestado médico alegando ‘abalo psicológico’. Assim, ficou afastado recebendo remuneração de vereador pelo período de 15 dias.

Depois, no dia 14 de maio, apresentou pedido de afastamento sem remuneração pelo período de 120 dias (4 meses), que termina no próximo dia 12 de setembro. O vereador tucano justificou que iria tratar assuntos de ‘interesse particular’ no período.

Não vai tentar reeleição

Claudinho Serra (PSDB) não vai tentar reeleição. Ele é réu em ação penal sob acusação de chefiar esquema de corrupção em Sidrolândia – a 73 km de Campo Grande -, cuja prefeita é sua sogra Vanda Camilo (PP), que tenta a reeleição.

O prazo para registrar candidatura terminou no dia 15 de agosto, sem o envio do registro de Claudinho Serra. Logo, ele não concorrerá.

Pupilo do PSDB conseguiu vaga definitiva um mês antes de ser preso

Tratado como pupilo de lideranças tucanas nas últimas eleições, Claudinho havia conquistado apenas 3.616 votos, ficando só com a 2ª suplência do PSDB. Só assumiu uma cadeira após manobras do partido.

Saiba mais – Chapa ‘inflada’ do PSDB para vereador em Campo Grande preocupou investigados por corrupção, revela Gaeco

Primeiro, com o titular do mandato, João Cesar Mattogrosso, assumindo cargo no governo do Estado. Assim, o 1º suplente, Ademir Santana, foi chamado. Depois, o vereador João Rocha assumiu também um cargo no governo. Então, Claudinho assumiu como suplente em maio de 2023.

Por fim, conseguiu o mandato em definitivo quando Ademir Santana renunciou ao cargo alegando que deixava a vaga para a qual foi eleito para se dedicar à campanha eleitoral do PSDB. Ademir renunciou e entregou a vaga para Claudinho um mês antes da deflagração da Operação Tromper.

Comandou esquema de corrupção em Sidrolândia

Prefeitura de Sidrolândia após operação contra corrupção (Henrique Arakaki, Midiamax)

O parlamentar é ex-secretário de Fazenda, Tributação e Gestão Estratégica de Sidrolândia e genro da prefeita Vanda Camilo. Está implicado nas investigações da 3ª fase da Operação Tromper, deflagrada pelo Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção) com apoio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao ).

Claudinho Serra e outros 21 viraram réus, em 19 de abril, após o juiz da Vara Criminal da comarca de Sidrolândia, Fernando Moreira Freitas da Silva, aceitar a denúncia apresentada pelo MPMS.

O vereador é acusado de chefiar um suposto esquema de corrupção e de fraudes a licitações enquanto era o chefe da Secretaria de Fazenda, Tributação e Gestão Estratégica de Sidrolândia, durante a gestão da sogra, a prefeita Vanda Camilo (PP). 

Investigações do Gecoc e delação premiada do ex-servidor Tiago Basso da Silva apontam supostas fraudes em diferentes setores da Prefeitura de Sidrolândia, como no Cemitério Municipal, na Fundação Indígenaabastecimento da frota de veículos e repasses para Serra.

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