Gian Sandim, 8º colocado como suplente do PSDB nas eleições de 2020 com 1.227 mil votos, é o novo vereador de Campo Grande. O vereador toma posse após briga na Justiça e dança das cadeiras em vaga aberta após licença de Claudinho Serra (PSDB), réu por esquema de corrupção na prefeitura de Sidrolândia.

O presidente da Câmara, Carlão (PSB), que protagonizou troca de farpas com Gian Sandim quando a posse dele ainda era analisada pela Justiça, não participou da posse.

A cerimônia, realizada no ‘plenarinho’ da Casa, foi presidida por Dr. Loester (MDB). Questionado sobre ausência de Carlão, Loester afirmou que o colega tinha viagem programada.

Gian Sandim (Foto: Alicce Rodrigues, Midiamax)

Gian Sandim é, enfim, empossado

No discurso de posse, Gian comemorou a decisão da Justiça de Mato Grosso do Sul que derrubou a posse de Lívio Leite (União Brasil).

“A vaga é do partido e a justiça deu o direito de posse. Com toda essa disputa, a fidelidade partidária é importante. Acredito que agora tudo está definido”.

Durante o pronunciamento, o novo vereador disse que o momento deveria ser feliz, mas devido a toda a briga judicial “o brilho se tornou opaco”. Gian também agradeceu à família e mencionou Eduardo Riedel (PSDB) e Reinaldo Azambuja (PSDB), quem classificou como ‘conselheiro político’.

Para tomar posse como vereador, Gian Sandim pediu exoneração do cargo que ocupava na Secretaria da Casa Civil, no Governo do Estado. A exoneração foi publicada nesta quarta.

Gian deve ficar no cargo pelo menos até setembro, quando expira o prazo de 120 dias da licença solicitada por Claudinho Serra. O vereador tucano pediu afastamento depois de ficar 23 dias na cadeia. Ele foi alvo da Operação Tromper por corrupção na prefeitura de Sidrolândia.

Decisão da Justiça derrubou Lívio e deu cadeira a Gian Sandim

A decisão monocrática do desembargador João Maria Lós foi proferida na segunda-feira (27). Assim, negou o recurso da Casa de Leis que pedia a suspensão da liminar, da última quinta-feira (23), que mandou suspender o termo de posse do terceiro suplente Dr. Lívio e mandou convocar Gian Sandim para o cargo.

O desembargador reconheceu que as cadeiras obtidas a partir dos votos proporcionais são do partido político e não do candidato. 

Esse é o centro das discussões entre as partes, já que Gian defende a fidelidade partidária por não ter saído do PSDB após as eleições de 2020, enquanto os demais suplentes com melhores colocações teriam mudado de sigla neste período. 

Dr. Lívio, o terceiro suplente do PSDB, mudou para o União Brasil durante a janela partidária, o que seria o período permitido de trocas para não ocorrer a perda de mandato. 

Contudo, o desembargador interpretou que a janela partidária aplicaria apenas a candidatos eleitos e não a suplentes.